A equipa do norte-americano Gene Haas, a quem a FIA aceitou a inscrição na F1, pretende arrancar nas pistas já em 2015, mas corre contra o tempo no estabelecimento das parcerias necessárias para desenvolver o seu monolugar a tempo do próximo início de temporada.
Um dos maiores contratempos desta nova equipa americana é encontrar um fornecedor de motores, até porque neste pacote Haas quer incluir também as caixas de velocidades, suspensões, barras de direção e ainda, em caso de as negociações com a Dallara falharem, o chassis, que parece estar a revelar-se como o maior entrave nesta escolha de fornecedores.
Fornecedores possíveis
A Honda e a Renault não parecem interessadas em fornecer, para já, a equipa de Haas, uma vez que a primeira, que agora regressa ao "grande circo", parece estar apenas concentrada na Mclaren, em 2015, enquanto a marca francesa é já fornecedora de unidades motrizes a três equipas.
Os mais prováveis fornecedores serão então a Ferrari e a Mercedes, com a primeira a parecer ser a escolha mais bem posicionada por ir ao encontro das pretensões de Haas, devido a ter acesso ao pacote completo de motor, caixa e os demais componentes. A Mercedes estará apenas interessada em fornecer motor, e por isso ficará praticamente descartada.
Trabalho de bastidores
A equipa de Haas está actualmente a construir uma fábrica nos Estados Unidos, com capacidade para 200 trabalhadores, e ao mesmo tempo procura definir a sua base europeia, que albergará a equipa durante a temporada, já que o velho continente concentra um grande número de Grandes Prémios. Haas possui uma fábrica na Bélgica, perto de Bruxelas, que poderá ser convertida para este propósito.
Se conseguir combater estes contratempos, Haas poderá mesmo entrar na Fórmula 1 já em 2015, ainda que o próprio tenha afirmado preferi fazê-lo apenas em 2016 se isso significar uma equipa mais competitiva e preparada. Na mente de Hass estará certamente a intenção de arrancar de forma muito diferente do que em 2010 aconteceu com a US F1, a última equipa norte-americana que procurou juntar-se ao "grande circo". Depois de ter a sua inscrição aceite, os norte-americanos acabaram por confessar a sua incapacidade financeira e desistir da inscrição antes do início do campeonato. Como consequência, a equipa foi multada e banida da principal categoria do desporto automóvel.