Centram-se as atenções sobre as grandes estrelas internacionais que estarão presentes no Mundial 2014, em especial aquelas que ano após ano disputam a Bola de Ouro como Lionel Messi, principalmente para terminar uma época muito atribulada na qual terá a pressão acrescida de liderar a selecção da Argentina neste importante certame.

O estilo de jogo de «La Pulga» dispensa apresentações, explicando-se pelas quatro Bolas de Ouro que possui no seu cartel, a imensidão de golos que aponta a cada época com o enorme bónus de nem sequer se tratar de um ponta-de-lança e deter características físicas completamente opostas a esse tipo de jogador visto apenas medir 1,69 metros e não fazer do jogo de área a sua especialidade.

Como jogador especial que é, Lionel Messi inventou a posição de 9,5 que com tanta mestria ocupa por iniciativa de Frank Rijkaard e Pep Guardiola, os treinadores que maior rendimento retiraram das suas incontáveis qualidades, criando um estilo, uma moda que até há muito pouco tempo ‘inundou’ vários clubes de nomeada que também abdicaram de utilizar uma referência ofensiva em prol de um jogador mais dinâmico e próximo da sua intermediária.

Época em Camp Nou não foi a melhor embora os títulos não tenham ficado longe

O sucesso alcançado por Messi na frente de ataque influenciou mesmo a selecção de Espanha que não raras vezes atribuiu a posição 9 a jogadores como David Silva ou Cesc Fabregas que apesar da qualidade que possuem não conseguiam, nem poderiam, chegar ao seu nível.

Contudo, é notório que os grandes anos do astro argentino têm ficado para trás, como evidencia esta época que praticamente se finda e que se traduziu em zero títulos para o Barcelona que desde bem jovem representa, mesmo com o mérito de ter apresentado um nível muito semelhante ao do Atlético de Madrid, que haveria de alcançar o título em La Liga numa discussão apenas resolvida numa emocionante última jornada em Camp Nou.

Para o insucesso do Barça muito contribuiu uma visualização mais notória das poucas debilidades de Messi, que passam pela sua fragilidade física quando colocado em confronto com defesas muito cerradas, um problema que se adensa para o seu clube em fases mais adiantadas de provas como a Liga dos Campeões, mais ainda quando no plantel dos catalães não se vislumbra sequer uma alternativa credível para o argentino.

À imagem do que sucede na Catalunha, também a Argentina se ressente sempre que Messi não se encontra ‘nos seus dias’, um cenário que os seus compatriotas nem sequer contemplarão num Mundial que parece apresentar um grupo acessível face à inexperiência em grandes palcos da estreante Bósnia e Herzegovina e falta de soluções de qualidade na equipa do Irão. Com isto, deverá ser a campeã africana Nigéria a grande rival pela liderança do agrupamento.

Com Messi ao seu melhor, a Argentina pode sonhar chegar o mais longe possível

Desta forma, a Argentina esperará contar com Messi de Barcelona, mas aquele que se conhece dos tempos áureos, dependendo em grande parte do seu estado de forma um eventual regresso aos títulos de uma equipa que numa análise geral às suas características deverá ter nas meias-finais a sua perspectiva mais optimista.

No entanto, quem tem no seu grupo um dos melhores jogadores de qualquer era do futebol numa fase de auge etário, com 26 anos, pode aspirar ao máximo, desde que o conjunto possa apoiar devidamente o seu craque, devendo destacar-se alguns companheiros que se encontram em muito boa forma.

Entre estes, e recentemente coroado com uma Liga dos Campeões, prova que Messi conquistou já por três ocasiões, Angel Di María poderá ser o parceiro indicado para um 10 sedento para juntar um inédito título mundial ao seu palmarés e certamente não terá tempo a perder. O desfecho será ditado nestas próximas semanas.