Para Andy Cowell, chefe de motores da Mercedes, a Honda terá alguma vantagem no seu regresso à F1 em 2015, uma vez que a marca nipónica construirá o seu motor sem ter de lidar com os problemas de uma versão anterior ainda em prova.

Desenvolver duas unidades a par

Cowell afirmou hoje que, por não ter de enfrentar os problemas com as unidades motrizes actualmente em competição, como acontece com a Mercedes, a Renault e a Ferrari, que necessitam de continuar a desenvolver os seus motores ao longo da época para se manterem competitivas, a Honda poderá partir em vantagem, já que o seu actual desenvolvimento visa já a homologação pela FIA em Fevereiro de 2015. Para o técnico britânico, o esforço da Honda será por isso menor, já que os actuais fornecedores de motores se vêem obrigados a desenvolver as unidades motrizes de 2014 enquanto constroem as de 2015.

Ausência de experiência pode equilibrar a balança

Mas o técnico, que chegou à equipa de Brixworth no início de 2013, salienta que, por estar ausente da primeira época da era dos motores V6 turbo, o fabricante japonês terá também algum défice de experiência. De acordo com o homem da Mercedes, enquanto «Ferrari, Renault e Mercedes têm a experiência dos testes de Inverno e dos GPs deste ano e de saberem quais os problemas e como resolvê-los», a Honda não pode senão procurar observar à distância. É certo que há algum «ganho de conhecimento sem custos, mas [eles não conhecerão os motores] com a mesma profunidade dos outros três fabricantes.», acrescentou o britânico.