Depois da igualdade desoladora frente à Grécia, no estádio do Jamor, a selecção de todos nós deixou boas indicações no confronto diante dos mexicanos, na passada madrugada e, em terras do Tio Sam, valeu o tento solitário de Bruno Alves e a imperial exibição de Eduardo. O seleccionador Paulo Bento apostou novamente no guardião do Braga e ganhou a aposta, numa partida em que o técnico afirmou ter gostado da adaptação de Coentrão a médio ofensivo e do esforço e dedicação de Éder que repetiu a titularidade na frente de ataque. Para o treinador, o teste mexicano foi positivo e as expectativas para o 1º jogo do Mundial frente à Alemanha são altíssimas.

Bento testou adaptações sem Pepe, Ronaldo e Meireles e, novamente, com Patrício de fora 

Ainda com Pepe, Meireles e Ronaldo lesionados, Paulo Bento apostou em Coentrão a médio e em André Almeida a lateral esquerdo e, neste jogo com o México, destaque também para a utilização de Eduardo na baliza, de Vieirinha a render o ausente CR7 e de Éder, em detrimento de Hélder Postiga. A questão de Rui Patrício causa alguma estranheza e, com estes dois particulares, surge a incógnita se não será mesmo Eduardo a disputar um lugar no onze com o guardião do Sporting.

Numa 1ª parte repartida, Portugal desperdiçou as melhores ocasiões, com principal foco para Éder que, ainda assim, não deixou de dar boas indicações e, tal como afirmou Paulo Bento, faltou apenas concretizar: «Nos primeiros 45 minutos, tivemos dificuldades em controlar a primeira fase de construção, mas poderíamos ter criado, com melhores decisões, mais perigo para o adversário. (…) Tive as melhores oportunidades na primeira parte. Poderíamos ter aproveitado melhor as variações do centro do jogo.»

O 2º tempo trouxe novamente equilíbrio nos primeiros minutos mas notou-se um desgaste preocupante da equipa das Quinas, no último período do jogo, que culminou com o assalto mexicano à baliza lusa, que Eduardo tão bem controlou. Ainda assim, o seleccionador gostou do que viu e destaca a vitória: «O segundo tempo foi equilibrado até meio, com uma oportunidade para cada equipa, depois, fruto de algum desgaste da nossa parte, o México teve mais duas oportunidades, e aí mérito para o Eduardo, que fez um jogo fantástico. Tivemos alguma felicidade, admito, mas temos de realçar o nosso esforço».

Sobre as opções de Eduardo, André Almeida, Coentrão e Éder, Paulo Bento afirmou que: «Fábio Coentrão a médio? Dentro do que temos perspetivámos as coisas e estamos a tentar encontrar mais algumas soluções. Já tínhamos esta ideia, vamos ver o que podemos fazer em relação ao sistema tático que podemos jogar com a Irlanda. O André Almeida foi lateral em função do posicionamento do Fábio Coentrão e quisemos aproveitar o bom momento do Éder. Mas até ao jogo com Alemanha temos tempo para pensar.»

Até ao jogo de dia 16 frente à Alemanha, a contar para a fase de grupos do Mundial, Portugal terá ainda o último ensaio frente à Irlanda e Paulo Bento declarou: “Neste momento, é difícil perspetivar o que vamos fazer na terça-feira e ainda mais no dia 16. Seguramente, apresentaremos uma equipa diferente da de hoje. Ainda vamos pensar em que sistema é que vamos apresentar contra a Irlanda. Só aí vamos pensar no jogo da Alemanha.”

Seleccionador mexicano reitera injustiça no resultado

A selecção mexicana compõe, juntamente com Brasil, Camarões e Croácia, o Grupo A do Mundial e, com o primeiro jogo cada vez mais perto, frente aos Camarões, este teste com Portugal representou a última grande oportunidade para o técnico definir qual a táctica e o onze que se irá estrear na Copa. O treinador gostou da atitude da equipa e destaca a preponderância de Eduardo para o resultado final: «Foi um encontro extraordinário, a equipa mostrou que está pronta, voltou a faltar-nos contundência, temos de trabalhar nisso. Não podemos perder um encontro como este, em que dominámos e depois sofremos um golo no final. Quando se perde desta forma, temos de sair de cabeça erguida. Se tívessemos marcado primeiro, teria sido diferente. A figura do encontro foi o guarda-redes português