Já foram jogados 5 dias do Mundial Brasil. Intensos, vibrantes e surpreendentes resultados, revelaram formações coesas, como o caso da Holanda e da Alemanha e, por outro lado, equipais desconstruídas à procura do seu eixo, na imagem de Espanha e de Portugal. Nesta fase de grupos, apenas falta inaugurar o Grupo H – Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul. É a isso que podemos assistir esta terça-feira. E, como bónus, passamos a conhecer a liderança do Grupo A, no confronto Brasil-México, que inicia a 2ª jornada.

Bélgica-Argélia: Favoritismo está no talento belga

Após um apuramento limpo, na liderança do seu grupo, sem sofrer qualquer derrota e com mais 9 pontos que a 2ª classificada Croácia, a Bélgica constitui uma das selecções mais esperadas nesta competição. Repleta de estrelas que actuam nos melhores emblemas europeus, como Cortouis, Witsel e Hazard, tem sido considerada como a geração de ouro do futebol do seu país. O técnico que a comanda, Marc Wilmots, discorda: «não é a geração de ouro, é a geração da fome de ganhar».

A verdade é que a Bélgica, apesar de transbordar qualidade, tem maior papel para além de mostrar os bons futebolistas que “fabrica”; A Bélgica tem a missão adicional de voltar à ribalta enquanto selecção, recuperando o seu histórico nas competições e quebrando a sua ausência nas últimas edições. Teoricamente, poderá começar a faze-lo já hoje, contra a Argélia, tida como formação mais fraca.

No entanto, os argelinos viajaram para o Brasil com objectivos também eles nobres e grandiosos. Para fazer história no seu país, esta selecção terá apenas de passar a fase de grupos, naquela que é a sua segunda participação consecutiva num Campeonato do Mundo. Como estandarte, alinha Madjid Bougherra, como estrela maior da comitiva e grande responsável pelo apuramento.

Rússia-Coreia do Sul: selecções menores podem surpreender

No outro jogo do Grupo H, alinham-se duas selecções inferiores entre o lote das apuradas. Ainda assim, a Rússia não deverá ser subestimada, já que na fase de apuramento foi líder do seu grupo, à frente da formação portuguesa. Para o Brasil, viajou sem o seu capitão Roman Shirokov, uma vez que o médio recupera de lesão no tornozelo.

No grupo coreano, não reina a confiança, após o conjunto de jogos amigáveis com que preparou este Mundial. O último foi com o Gana, do Grupo de Portugal, no qual foi goleado por 4-0. Também em particular com a Tunísia, não conseguiu marcar, acabando por perder por 1-0.

Brasil-México: em busca do Líder

Entre um jogo e outro do Grupo H, abre-se a 2ª jornada desta fase de grupos do Mundial. Brasil e México cumpriram com o favoritismo imposto na 1ª jornada do Grupo A, totalizando os 3 pontos frente à Croácia e Camarões, respectivamente, que os colocam como líderes. Agora, no confronto directo, carregado de tradição e expectativa, aguarda-se por assistir pela subida à liderança de um dos emblemas.

Se a equipa de Scolari luta por mostrar um Brasil possante, embora a equipa se mostre desconstruída e pouco veloz, os mexicanos de Herrera superam a fase de apuramento mais complicada e provam que lutam, mais solidamente que o expectável, pelo título. Na primeira jornada, ante os Camarões, experimentaram a provação de ter dois golos mal anulados e, ainda assim, conseguiram a vitória por 1-0.

A arbitragem tem sido, aliás, alvo de polémica em alguns jogos deste Mundial, manchando o brilho da competição. Nesse contexto, Brasil e México sofreram efeitos díspares nos seus primeiros encontros, já que a equipa de Scolari foi tida beneficiada contra a Croácia.

Apitos à parte, David Luiz antevê a partida de logo como um desafio para a canarinha: «O México é um grande adversário, que sempre faz grandes jogos contra o Brasil. Vai ser uma partida difícil e, se tiver que sofrer, vamos saber sofrer». No último embate entre os países, na Taça das Confederações 2013, o Brasil bateu o México por 2-0. Num contexto geral, também o favoritismo recai sobre os anfitriões, que já venceram por 22 vezes em encontros oficiais, enquanto os mexicanos apenas levaram a melhor em 10 partidas.