Este Mundial no Brasil ganha contornos que ficarão, concerteza na história do Futebol. A Europa, máquina produtora de jogadores de excelência e supremo líder no Mundo do Desporto-Rei, parece sucumbir aos pés do “salero” que as selecções da América Latina emanam no seu jogo. Neste grupo D, as estatísticas são claras: A Costa Rica passa invencível com 7 pontos (duas vitórias e um empate), seguida pelo Uruguai que conseguiu 6 pontos (duas vitórias e uma derrota). Segue-se então o trilho da desilusão, do qual constam a Itália com 3 pontos (uma vitória e duas derrotas) e a Inglaterra, com apenas um ponto, logrado no último jogo.

Godín, o Rei e Senhor das Alturas

Num jogo de grandes decisões, Uruguai e Itália jogaram a passagem aos oitavos de final da competição. Enquanto que para a “squadra azzurra” um empate era suficiente, para os uruguaios de Luis Suaréz a vitória era um imperativo. O jogo começou com a Itália no controlo, organizada e pouco ofensiva, apenas gerindo o resultado que mais lhe convinha. Para além de uma intensa batalha a meio-campo e um número elevado de faltas, esta primeira parte não teve muito mais história.

A segunda parte começa logo com duas substituíções, uma para cada lado. A mais sonante foi talvez, a de Mário Balotelli. O irreverente jogador italiano pareceu apresentar-se “uns furos abaixo” na primeira parte e Cesare Prandelli não hesitou em substituí-lo. O grande contratempo para os italianos surgiu sim, ao minuto 59 quando Marchisio entrou de pitons ao joelho de Arévalo. Marco Rodriguez não hesitou em mostrar o vermelho ao jogador da Juventus, deixando assim a Italia reduzida a 10 unidades. Com isto, a selecção transalpina recuou mais as suas linhas no terreno, algo que dificultou a vida dos Uruguaios sempre que chegavam ao último terço do terreno.

Contudo, ao minuto 81 surgiu Godín, mais uma vez a fazer uso do seu portentoso cabeceamento. Na sequência de um pontapé de canto, o herói de La Liga para o Atlético de Madrid, foi às alturas e desferiu um fortíssimo cabeceamento, que só parou mesmo no fundo das redes. Estava feita a reviravolta na classificação e o Uruguai apurou-se para os oitavos.

Foto: Getty Images

Quando duas não bastam, há sempre a terceira

Luis Suaréz foi mais uma vez protagonista de um incidente menos bonito. Após uma época esplendorosa ao serviço do Liverpool, o avançado voltou a morder um jogador, desta feita, Chiellini. De Anfield já se seguem rumores relativos à continuidade do jogador no Liverpool, fruto de um comportamento que envergonha o clube, tal como Robbie Fowler referiu. O caso foi ainda remetido para análise do comité de disciplina da FIFA, ficando em aberto uma possível suspensão do avançado.

Foto: Getty Images

Inglaterra volta a casa com o ponto de honra na bagagem

Nesta desastrosa prestação da selecção britânica no Mundial, o jogo com a Costa Rica poderia ainda limpar minimamente a má imagem deixada pela equipa na competição.Em mais uma partida sem emoção, Roy Hodgson deixou no banco jogadores como Rooney e Gerrard, abrindo vaga para jogadores que ainda não tinham disputado qualquer partida no Brasil. Na primeira parte, apesar de ser a Inglaterra a equipa que mais foi crescendo, o grande sinal de aviso foi deixado pelos costa-riquenhos, quando Borges ao minuto 23 disferiu um remate que embateu no poste.

Foto: mirror.co.uk

A segunda parte trouxe-nos mais do mesmo. A Costa Rica, já apurada e líder do grupo, soube gerir bem os momentos do jogo e adotou uma postura um pouco mais defensiva nesta segunda metade. O ritmo de jogo manteve-se baixo e a Inglaterra continuava a ser a equipa com maior ascendente. No entanto, a lição estava bem estudada pela equipa de Bryan Ruíz, que mesmo perante algumas ameaças como a de Sturridge aos 65 minutos, não deixou fugir o empate, terminando esta fase de grupos completamente invencível.

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