Normalmente quem tem craques na equipa ganha e foi o que aconteceu. Os craques da Holanda decidiram o jogo. A «Laranja Mecânica» vinha para este jogo como a favorita mas o México não iria ser um osso fácil de roer. Isso confirmou-se e a Holanda ia deitando tudo a perder.

Calor é problema novamente

Na primeira parte, a seleção holandesa pareceu afetada pelo calor (30º) e as mudanças tácticas de Louis Van Gaal também não ajudaram. Tudo isso foi um problema para a Holanda que tardava em organizar-se, e, à passagem do minuto 17, Herrera esteve à beira de marcar com a bola a passar a escassos centímetros da baliza. Pouco depois teve de ser Vlaar a impedir, mais uma vez, o golo de Herrera.

Os minutos passavam e nada se via dos holandeses, montados num 5-3-2 de marcações rígidas. A resposta holandesa só chegaria aos 27 minutos, algo muito estranho para uma selecção que dizimou Espanha, Austrália e Chile. Marcaram 10 golos na fase de grupos (melhor ataque) mas dos atacantes nada se via. A três minutos do intervalo (Pedro Proença já tinha dado uma paragem técnica) foi a vez de Cilessen estar em foco ao defender um remate de Giovani dos Santos. Hainda houve tempo para os holandeses se queixarem de uma grande penalidade em que Robben foi derrubado por Rafa Márquez e Moreno mas o árbitro português nada assinalou.

Golo mexicano e hora de Ochoa brilhar

Na segunda parte, Reyes entrou para o lugar de Moreno (lesionado) e os mexicanos entraram mais uma vez fortes e ao minuto 48 conseguiram mesmo o golo através de Giovani dos Santos com um belo remate fora-de-área. Estava feita a justiça no marcador. A perder, Louis Van Gaal decidiu apostar no ataque deixando o futebol pragmático de lado. Soltou Robben e Sneijder mas eis que foi a vez de Ochoa brilhar mais uma vez. O guarda-redes mexicano foi segurando a vantagem e até com a cabeça evitou o golo de De Vrij aos 20 minutos. Pouco depois fazia uma "mancha" a Robben evitando o golo novamente.

Huntelaar: o homem decisivo

Robben foi um massacre para a defesa azteca com a sua técnica e velocidade mas o homem decisivo foi Huntelaar que entrou para o lugar de Van Persie (passou ao lado do jogo). Ao minuto 88, Robben cobre um canto e Huntelaar amortece de cabeça para Sneijder que com uma bomba ao poste direito finalmente marcava na baliza de Ochoa. Já em período de compensação, Arjen Robben foi derrubado por Rafa Márquez com Pedro Proença a assinalar grande penalidade. Huntelaar na marca de onze metros não perdou e metia a Holanda na frente. Já sem tempo de reagir o México bem tentou mas nda viria a acontecer.

Azar para o México que desde 1986 não conseguem passar do oitavos-de-final em fases finais de Mundiais. É caso para dizer que é já uma maldiça que pelo menos irá prolongar-se por mais quatro anos.