O australiano da Red Bull garante a segunda vitória no campeonato depois de ter conquistado o GP do Canadá este ano. O pódio ficou completo por Fernando Alonso da Ferrari na segunda posição (desde Singapura 2013 que não conquistava o 2º lugar) e por Lewis Hamilton na terceira posição, com mais uma excelente recuperação, já que o inglês partiu da pit lane.

Partida atribulada e chuvosa

A poucos momentos do início do GP abateu-se uma forte chuvada sobre o traçado de Hungaroring, o que fez com que todos os pilotos partissem com pneus intermédios.

Rosberg manteve a primeira posição no arranque, tendo atrás de si Bottas no segundo lugar, seguindo-se Alonso após passar Vettel, que por sua vez levava Button atrás de si. A primeira volta foi de muito sustos para Lewis Hamilton, que, ao efectuar um pião na segunda curva, bateu com a sua frente nas barreiras. O inglês queixou-se por várias vezes de vibrações aos seus engenheiros, devido aos danos no lado esquerdo da asa frontal do seu monolugar.

Safety Car e a gestão de pneus fundamental

Antes da entrada do safety car devido a acidente de Marcos Erricsson no Caterham, houve tempo para Rosberg apanhar um pequeno susto na primeira curva, ao sair largo numa altura em que os pilotos já iam para as partes mais molhadas da pista para manter os pneus intermédios frescos.

Com a entrada do safety car, a maior parte dos pilotos decidiu ir às boxes trocar de pneus de piso seco, apenas mantendo-se em pista os quarto primeiros classificados. O safety car esteve em pista desde a volta 9 até à 13, o que fez com que os pilotos que inicialmente não trocaram de pneus tivessem que o fazer nesse período devido aos intermédios estarem completamente degradados.

No recomeço da corrida era Ricciardo quem liderava com poucos segundos de vantagem sobre Massa, e com Alonso na terceira posição.

Porém, poucas voltas depois, mais concretamente na volta número 23, foi necessária a entrada de novo safety car devido a um grande acidente por parte de Sergio Perez na última curva, onde o mexicano perdeu a frente e foi contra as barreiras de proteção.

Com este cenário, Ricciardo e Massa aproveitaram para efectuar novas paragens nas boxes. O safety car manteve-se em pista durante quatro voltas, e Alonso, com início limpo, mantia-se assim na liderança.

Corrida decidida nas últimas voltas e com grandes batalhas

Após estes incidentes, a corrida recuperou alguma normalidade com os pilotos optarem por diferentes gestões e tácticas de paragens nas boxes diferentes. De destacar a grande saída de Vettel, que conseguiu a custo salvar o seu monolugar de embater nos muros.

Com a chegada do último terço da corrida, os pilotos que seguiam na frente efectuaram as últimas paragens na boxes com Alonso a optar por pneus macios e Lewis Hamilton por pneus médios. Além de haver emoção na frente da corrida, cá mais para atrás assistiamse a grande lutas por parte de Kimi Räikönen, Felipe Massa, Bottas e Rosberg, todos a tentar lutar para apanhar os três líderes Ricciardo, Alonso e Hamilton.

Rosberg conseguiu chegar-se ao seu companheiro de equipa numa altura em que Daniel Ricciardo efetuou a sua última paragem, optando por pneus macios. O alemão, ao ver que não conseguia passar o inglês, optou por ir à box mudar de pneus.

A 9 voltas do fim, os três primeiros estavam separados por menos de um segundo, sendo Rosberg o quarto classificado, mas a 21 segundos da frente. A batalha pelo primeiro lugar começou a ser decidida com 3 voltas para o final: Ricciardo passa para a frente de Lewis Hamilton com uma excelente ultrapassagem, tendo na volta seguinte passado Fernando Alonso já com evidentes dificuldades na gestão dos pneus. Essa gestão por parte do australiano foi fundamental e valeu-lhe a vitória.

Nas últimas voltas Nico Rosberg ainda chegou perto de Hamilton, com o inglês a optar por se defender do companheiro (chegando mesmo a obrigar o alemão a sair de pista) do que tentar ultrapassar Alonso pela segunda posição.

As restantes posições pontuáveis ficaram entregues a Felipe Massa (5º), Kimi Räikkönen, Vettel, Bottas, Vergne e Button, com a 10ª posição e o último ponto.

Abandonos

Devido a acidente, Marcos Erricson (Caterham), Sergio Perez (Force India) e Romain Grosjean (Lotus), que se despitou durante o período do safety car, abandonaram precocemente a corrida. Esteban Guitierrez (Sauber), Hulkenberg (Force India) e Kobayashi (Caterham) abandonaram devido a problemas mecânicos nos respectivos monolugares.

Classificação do GP da Hungria

1 Ricciardo Red Bull 70 voltas
2 Alonso Ferrari

+5.225s

3 Hamilton Mercedes +5.857s
4 Rosberg Mercedes +6.361s
5 Massa

Williams

+29.841s
6 Räikkönen Ferrari +31.491
7 Vettel Red Bull +40.964
8 Bottas Williams +41.344
9 Vergne Toro Rosso +58.527
10 Button McLaren +67.280s
11 Sutil Sauber +68.169s
12 Magnussen McLaren +78.465s
13 Maldonado Lotus +84.024s
14 Kvyat Toro Rosso +1 volta
15 Bianchi Marussia +1 volta
16 Chilton Marussia +1 volta
17 Gutierrez Sauber DNF
18 Kobayashi Caterham DNF
19 Perez Force India DNF
20 Hulkenberg Force India DNF
21 Grosjean Lotus DNF
22 Erisson Caterham DNF

Classificação Mundial (top 10)

1 Rosberg Mercedes 202 pontos
2 Hamilton Mercedes 191
3 Ricciardo Red Bull 131
4 Alonso Red Bull 115
5 Bottas Williams 95
6 Vettel Red Bull 88
7 Hulkenberg Force India 69
8 Button McLaren 60
9 Massa Williams 40
10 Magnussen McLaren 37

Entramos agora na paragem de Verão da Fórmula 1, com apenas uma diferença de 11 pontos entre os dois primeiros classificados. O próximo Grande Prémio será o GP da Bélgica, no mítico traçado de Spa-Francorchamps, a correr no fim-de-semana de 22 a 24 de Agosto.

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