Cerca de 50 pessoas que trabalhavam na equipa Caterham irão colocar a marca em tribunal por salários e outros pagamentos em atraso. A nova administração, chefiada por Cristijan Albers e aconselhada por Colin Kolles, tomou conta da equipa há cerca de quatro semanas e tratou logo de cortar nas despesas, dispensando cerca de 40 trabalhadores, entre executivos de topo, técnicos e engenheiros. 

Agora, Chris Felton, advogado que vai representar os lesados, disse ao site britânico F1 Fanatic que esse grupo está a considerar processar os novos proprietários, alegando salários em atraso e indemenizações por pagar.

Demissão sem aviso prévio e sem justa causa

«Os trabalhadores em causa foram demitidos sem aviso, seja pessoalmente ou por telefone.» começou por dizer Felton. «Eles não foram pagos em relação ao mês de julho ou quaisquer outros pagamentos, em conformidade com o contrato oferecido, bem como os seus direitos laborais», acrescentou. «O fato de que não há qualquer resposta da parte da Caterham é muito preocupante.» 

O advogado dos agora ex-funcionários da Caterham frisou ainda o desprezo pelos direitos laborais no seio da equipa, e deixou um recado à FIA para que este tipo de incidentes sejam de futuro evitados: «Atropelando os direitos dos trabalhadores não é um comportamento habitual na Fórmula 1, onde, apesar de serem tomadas decisões difíceis, os funcionários sempre são devidamente compensados ​​e geralmente tratados com dignidade pelas suas equipas. Nós não esperávamos que os ex-funcionários da Caterham fossem prejudicados por defenderem os seus direitos, quando foram despedidos sem justa causa, sem pagarem os salários de julho, quando há famílias para sustentar. A FIA espera que as suas equipas de Fórmula 1 cumpram certos pedrões e são esses padrões que estamos a pedir que sejam mantidos, fornecendo garantias de que os novos proprietários da Caterham são vistos como apropriados.», concluiu.