Desde 1997, ano em que venceu o seu último título de construtores, que a Williams não mais voltou aos títulos. Vitórias em grandes prémios, apenas duas nos últimos dez anos. Juan Pablo Montoya deu a penúltima vitória à Williams em 2004, no GP do Brasil e Pastor Maldonado a última, em 2012, no GP de Espanha.

Mercedes, a chave para o sucesso

Equipada com motores Renault nas últimas duas temporadas e com resultados que tardavam em chegar, a Williams assinou contrato com a Mercedes, em Maio de 2013, a fim da marca alemã equipar os novos monolugares com motores V6 turbo, a partir de 2014. Os resultados parecem exceder todas as expectativas e a Williams está de novo ao mais alto nível na Fórmula 1.

Até ao momento, a troca de fornecedor de motores tem vindo a dar frutos e os resultados aparecem a cada grande prédio. A mudança para os motores Mercedes tornou a Williams bastante mais competitiva e prova disso são já os pódios alcançados por Valtteri Bottas em três grandes prémios consecutivos. A par destes resultados a Williams soma ainda a pole position de Felipe Massa em Spielberg. Na primeira temporada equipada com motores Mercedes a Williams prova que as adaptações às novas regras estipuladas pela FIA estão a ser alcançadas com sucesso.

Nova temporada, novas regras, novos motores e novo sponsor. Em Março deste ano, a Williams assinou contrato com a Martini que desde modo alterou o nome da equipa para "Williams Martini Racing". Quem não se lembra daquele pedrigree de competição dos velhinhos Lancia de rally patrocinados pela mesma marca? Quem sabe se esta mudança não ajudará a elevar a Williams a um novo patamar de sucesso…

Valtteri Bottas, a revelação

Aos 24 anos, Valtteri Bottas é já um dos pilotos sensação esta temporada. O finlandês da Williams tem demonstrado o seu valor com excelentes exibições nos últimos grandes prémios e encontra-se actualmente na quinta posição do mundial de pilotos com 95 pontos. A confiança de Frank Williams em manter o jovem piloto na equipa parece ter entusiasmado o finlandês a mostrar o seu valor.

O saldo da primeira metade do calendário mostra-se risonho para Valtteri Bottas. Nas onze corridas disputadas até ao momento o piloto finlandês somou pontos em dez, apenas não pontuando no GP do Mónaco, em Maio passado. Pódios, esses foram três, e consecutivos! Após o terceiro lugar alcançado no GP da Áustria seguiram-se dois segundos lugares, em Silverstone, no GP da Grã-Bretanha e em Hockenheim, no GP da Alemanha.

Os bons resultados fizeram Bottas subir na tabela do mundial de construtores e o finlandês não perderá a oportunidade para continuar a dar ar da sua graça no que resta da temporada e, quem sabe, vir a discutir o terceiro lugar do pódio, único em aberto, com Daniel Ricciardo e com os ex-campeões do mundo Sebastian Vettel e Fernando Alonso.

Felipe Massa, o eterno segundo

Após oito anos ao serviço da Ferrari e cansado de ser segunda opção no seio da escuderia italiana, Felipe Massa aceitou o desafio de representar a Williams-Mercedes na presente temporada. Ainda assim, o brasileiro de 33 anos continua a não conseguir impor-se como piloto principal, muito por culpa das exibições do finlandês Valtteri Bottas, seu companheiro de equipa.

Os resultados até aqui alcançados por Felipe Massa não são maus de todo, ainda que aquém dos esperados no início da temporada. Ao cabo de onze grandes prémios, Massa não terminou três (Austrália, Grã-Bretanha e Alemanha). Nas oito corridas completadas nunca subiu ao pódio e o melhor que conseguiu foi a pole position e um quarto lugar em Spielberg, no GP da Áustria e um quinto lugar no GP da Hungria. Massa encontra-se em nono lugar no mundial de pilotos com apenas 40 pontos.

As expectativas da Williams em relação ao piloto brasileiro continuarão elevadas para o que resta da temporada, ainda que a luta pelo mundial de pilotos seja já uma miragem. Para a segunda metade do campeonato prevê-se que o principal objectivo de Massa seja a luta por lugares cimeiros em todas as corridas a fim de ajudar a Williams a subir ao pódio no mundial de construtores. Felipe Massa ainda tem uma palavra a dizer mas esta será, certamente, a sua derradeira oportunidade para mostrar o valor à sua nova equipa.

Luta em aberto pelo pódio

Isolada na quarta posição do mundial de construtores com 135 pontos, a Williams ainda sonha subir ao pódio, tarefa que se avizinha difícil já que à sua frente se encontram Ferrari e Red-Bull, ambas com o mesmo objectivo. A escuderia italiana segue em terceiro lugar com 142 pontos, apenas mais sete que a Williams, pelo que chegar ao terceiro lugar do mundial está ao passo de uma corrida.

Com oito grandes prémios por disputar Sir. Frank Williams pode ver já este ano a sua equipa regressar à elite das principais escuderias da modalidade. Para que tal aconteça, Valtteri Bottas e Felipe Massa precisam de estar ao mais alto nível e tirar o máximo partido dos seus monolugares a cada corrida.