A Marussia anunciou esta tarde, de forma surpeendente, que o britânico Max Chilton decidiu ceder voluntariamente o seu lugar para dar lugar ao americano Alexander Rossi para o GP da Bélgica, que vai decorrer este fim de semana no circuito de Spa-Francochamps. A chegada de Rossi faz com que a Formula 1 receba o primeiro piloto americano na categoria máxima do automobilismo desde 2007.

John Booth, o diretor da marca, justificou a chegada de Rossi: «Apesar de não ser nossa intenção dar a possibilidade ao Alexander de correr esta época, à luz das circunstâncias estamos satisfeitos por lhe dar a oportunidade de se estrear em Grandes Prémios no GP da Bélgica em Spa-Francorchamps».

Troca de lugares com motivos económicos?

Contudo, do lado de Chilton, disse-se que a verdadeira razão foi económica. Os representantes do piloto afirmaram que ele cedeu o lugar para que a marca pudesse angariar dinheiro necessário para a sobrevivência da marca: «Max Chilton abdicou voluntariamente do seu lugar em Spa para permitir à equipa atrair os fundos muito necessários por vender a sua vaga. O Max irá assistir à corrida e estará a apoiar a equipa de qualquer forma possível».

Ainda assim, da parte do piloto britânico garantem que a situação deverá estar resolvida dentro de duas semanas, em Monza. Indiferente às polémicas, o piloto americano não cabia de si de contente: «Mal posso esperar para pilotar o MR03 desde amanhã e espero recompensar a equipa com um fim de semana sólido».

Quem é Alexander Rossi?

Nascido a 25 de setembro de 1991, em Auburn, na California, começou a sua carreira em 2005, na Skip Barber Series, antes de passar para a Formula BMW USA, onde acabou no terceiro lugar da geral. No ano seguinte, venceu a série americana, antes de vencer a final mundial, que lhe deu a oportunidade de testar um Sauber de Formula 1, ao lado de Esteban Gutierrez.

Em 2009, fez a International Formula Master, antes de em 2010 passar para a GP2 Asia Series, primeiro pela portuguesa Ocean, depois pela Meritus malaia. Nesse ano, fez a primeira temporada de GP3, onde ao serviço da ART Grand Prix, conseguiu duas vitórias e tyerminou no quarto posto da competição. Em 2011, passou para a World Series by Renault, primeiro pela Fortec e depois pela Arden Caterham. Na primeira temporada, terminou na terceira posição, com duas vitórias, enquanto que na segunda, apesar de ter conseguido três voltas mais rápidas, apenas conseguiu um pódio.

Em 2013 passou para a GP2, onde já como piloto de testes e desenvolvimento da Caterham na Formula 1, venceu por uma vez e conseguiu mais três pódios, chegando ao final do campeonato no nono posto. Este ano começou na Caterham, mas já passou para a Campos Racing, tendo agora doze pontos e o 20º posto.