A partida iniciou praticamente com uma substituição forçada no Moreirense. Na jogada consequente ao início da partida, uma entrada de Casemiro sobre Bolívia obrigou o treinador Miguel Leal a trocar o brasileiro por Vítor Gomes.

Apesar desse imprevisto, a equipa de Moreira de Cónegos entrou destemida na partida, pressioando em zonas adiantadas do terreno e recuperando algumas bolas; uma das quais permitiu a Alex o primeiro remate da partida aos 6 minutos. Chegávamos aos 20 minutos e o FC Porto parecia lento e preso de movimentos, incapaz de aprofundar o seu jogo e explorar os corredores; o primeiro remate dos dragões chegou apenas aos 22 minutos por Danilo, numa das raras ocasiões onde os azuis-e-brancos aceleraram o seu jogo, valeu ao Moreirense o guardião Marafona. (foto:desporto.sapo.pt)

A partir da segunda metade da primeira parte o FC Porto tomou definitivamente conta da partida; mostrando-se mais agressivo e rápido sobre a bola, os dragões obrigavam o Moreirense a recuar linhas e a defender mais no seu meio-campo; Danilo voltou a assustar à passagem da meia-hora, um remate à entrada da área que obrigou Marafona a aplicar-se.

Apesar do maior ascendente portista, os forasteiros não se limitavam a estacionar o autocarro em frente da sua baliza; bem organizado e compacto, os homens de Miguel Leal procurava o ataque rápido sempre que recuperava a bola, mormente através da velocidade de João Pedro ou Arsénio. Chegava o intervalo e a partida mantinha-se equilibrada; um Moreirense rigoroso e concentrado, e um Porto sem ideias. (foto:dn.pt)

Na segunda parte os dragões já não permitiram tantas veleidades ao adversário no que toca a iniciativas ofensivas, os homens de Lopetegui surgiram com outra vontade e intensidade, procurando chegar rapidamente à vantagem. Contudo a toada geral da partida não se alterava, o Moreirense bem fechado e pressionante quanto baste, e um FC Porto que, apesar de mais agressivo, não conseguia criar lances de perigo.

Perante a inoperância do seu meio-campo, Lopetegui resolveu colocar em campo Rúben Neves, em deterimento do desinspirado Casemiro; coincidência ou não, a verdade é que o jogo dos azuis-e-brancos ganhou imediatamente outro equilíbrio e maior verticalidade e acutilância no seu jogo. E foi através de uma rápida jogada pelo lado direito que os dragões chegaram ao jogo; excelente trabalho de Brahimi que furou por entre a defesa adversária e serviu Óliver que apenas teve de empurrar. (foto:desporto.sapo.pt)

Os de Moreirade Cónegos tentavam responder, mas acusava já alguma fadiga, isto apesar de Miguel Leal ter refrescado a sua frente de ataque com as entradas de Ramón Cardozo e Jorge Monteiro. Com mais tranquilidade e espaço para jogar, os dragões começaram a ameaçar com mais frequência a baliza do Moreirense, e foi numa dessas ocasiões que os azuis-e-brancos chegaram ao segundo golo; jogada pela esquerda, saída em falso de Marafona e Óliver a servir Jackson que de cabeça fez o 2-0, estavam jogados 82 minutos.

A vitória estava alcançada e perante um adversário já rendido à realidade da partida, houve tempo e espaço para aumentar a vantagem. E se o terceiro não surgiu dos pés de Quintero, que permitiu que Marafona defendesse uma grande penalidade, surgiu por intermédio de Jackson Martínez; aos 86 minutos o colombiano bisou na partida com um remate colocado. (foto:cmjornal.xl.pt)

Foi o quinto triunfo e outros tantos jogos para os dragões, que assim segue na liderança do campeonato, já o Moreirense sofreu os primeiros golos e a primeira derrota no campeonato. O resultado acaba por ser enganador para quem não assistiu aos 90 minutos da partida. Os três golos sofridos acabam por ser um castigo demasiado pesado para um Moreirense que demonstrou coragem e organização.

VAVEL Logo