Muitas vezes se questiona o ‘timing’ do despedimento de um treinador, se se trata da chamada ‘chicotada psicológica’ que se pretende no momento em que um clube opta por dispensar os serviços do seu técnico e colocar o seu plantel ao dispor de um novo técnico mesmo com a desvantagem de não ter sido esse o responsável pela sua escolha e selecção.

No entanto, no caso do Gil Vicente, se existia um período adequado para mudar... era mesmo agora uma vez que se vive uma paragem competitiva por força da competição das selecções nacionais, o que permitiu à direcção do emblema de Barcelos avaliar e ponderar o trabalho realizado até ao momento pelo técnico João de Deus, chegando à conclusão de que nada mais haveria a fazer.

Falta de eficiência da equipa é evidente nos curtos dois golos até agora apontados

Com efeito, os gilistas entraram na nova temporada com grande fragiliidade, não tendo conseguido alcançar um único ponto até à data e nem mesmo a constatação de que as equipas que enfrentou, Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal e Marítimo, se constituírem três candidatos sérios a um lugar de apuramento para as competições europeias na época seguinte escondem as dificuldades demonstradas pela equipa, que nessas partidas logrou apenas apontar dois golos.

Pior: em três partidas disputadas e sem sequer ter pontuado, o Gil sofreu até ao momento um total de sete golos, contabilizando um pecúlio apenas superior ao de Penafiel e Boavista, emblema que até ao momento detém o pior ataque isolado ao não ter ainda apontado qualquer golo e a pior defesa ex-aequo com o Estoril com oito tentos encaixados.

Futuro prevê-se risonho com a aposta em promessas como Hassan e Mohsen

No entanto, nem tudo corre mal na ‘Casa do Galo’, podendo apontar-se esta temporada uma forte perspectiva de sucesso no mercado ao ter-se verificado uma aposta num país em ascensão no qual são conhecidos investimentos bem-sucedidos de outros rivais como os madeirenses Marítimo e Nacional ou ainda o Rio Ave, caso do Egipto, onde foram recrutados dois reforços que poderão vir a dar que falar no decorrer da temporada.

Revelados há dois anos ao serviço do seu país nos Jogos Olímpicos de Londres, o médio Hossam Hassan e o ponta-de-lança Marwan Mohsen chegaram ao Minho certamente para somar, em especial o segundo, que no certame olímpico chamou mesmo a atenção de alguns observadores internacionais que agora estarão atentos às suas performances ao serviço do Gil. Quem sabe se para uma classificação bem melhor do que a actual, agora com o experiente José Mota ao comando?