Nova ronda de Liga dos Campeões que colocava ao FC Porto uma visita ao Shakhtar Donetsk, que a par do Dynamo Kyiv consiste numa das duas únicas equipas sediadas na Ucrânia que o FC Porto encontrou em provas internacionais e contra as quais nunca perdeu enquanto visitante. Ao mesmo tempo, para os portistas tratava-se do décimo jogo oficial na temporada.

O pentacampeão da Ucrânia e vencedor de uma Liga Europa em 2008/2009, prova que o FC Porto também logrou conqpuistar poucos anos depois com um conjunto totalmente diferente do actual, que pela primeira vez na História não utilizou jogadores portugueses no 11 inicial, previa-se um oponente complicado.

«O FC Porto é um dos candidatos a passar à fase seguinte mas este grupo é muito equilibrado e tem três equipas com essa possibilidade,» dizia antes do encontro o técnico do Shakhtar, Mircea Lucescu, deixando claro que apesar de actuar como visitante o dragão era visto como favorito mesmo deixando no banco Jackson Martinez, algo que não sucedia... há pouco menos de um ano, e nunca na Champions.

Esperava-se um dragão convincente, o que nem sempre sucedeu

O favoritismo dos dragões mantinha-se mesmo numa fase em que os resultados não têm aparecido, com culpas divididas entre os jogadores, mas muito especialmente o seu treinador, que tinha pela frente um teste à sua própria capacidade neste tipo de provas.

Disputava-se um duelo de Champions com 10 brasileiros em campo, 6 para o Shakhtar, que depende em grande parte da categoria destes jogadores e apresentava precisamente o mesmo alinhamento que havia empatado em Bilbau, e 4 para o FCP, incluindo o seu guarda-redes, Fabiano, de quem se esperava a segurança evidenciada nos encontros a contar para a Liga.

O jogo terminaria com 12 jogadores sul-americanos... mas coube ao camaronês Vincent Aboubakar o primeiro remate, aos 7 minutos, mas bastante torto. O FC Porto dominava na posse de bola de uma forma que ameaçava até tornar-se sufocante na primeira vintena de minutos, mas seria o Shakhtar a equipa que mais se aproximaria do golo através de um corte de Maicon, o único ‘sobrevivente’ da última ocasião em que os azuis-e-brancos defrontaram o rival ucraniano.

Nessa jogada, a acção do defesa portista quase conhecia o caminho das suas próprias redes, aos 28 minutos. Sete minutos depois, Yacine Brahimi conseguiu ‘cavar’ uma grande penalidade, que o próprio se encarregaria de... desperdiçar, com destino semelhante para uma tentativa de meia distância de Iván Marcano à passagem do minuto 40.

Sucessivas tentativas do FC Porto apenas lograram sucesso no final, graças a Jackson

Promissor 0-0 para os dragões ao intervalo, ainda mais por actuarem fora de portas, até por se tratar de um hábito de uma equipa que parece mais produtiva nas segundas partes, mas após o reatamento entrou melhor o Shakhtar com o primeiro golo aos 52 minutos após jogada em que Oleksandr Kucher ganhou a bola a Oliver Torres em zona proibida, assistindo Alex Teixeira para um golo fácil.


O primeiro remate dos dragões na segunda parte apenas sucedeu aos 64 minutos por intermédio de Maicon num remate distante e pouco perigoso, o que obrigou Lopetegui a apostar no goleador Jackson, que aos 73 minutos arrancou o seu primeiro remate, travado com segurança por Andriy Pyatov, que travou nova investida de Danilo minutos depois.

A toada mantinha-se e era Adrian Lopez quem não conseguia desfeitear Pyatov aos 82 minutos, uma ineficácia que era contrariada pelo Shakhtar, que chegava aos 2-0 numa bem gizada jogada colectiva finalizada por Luiz Adriano após primorosa assistência/tentativa de remate cruzado por parte de Bernard.


Todavia, o dragão não desistiu, e aos 89 minutos teve acesso a nova grande penalidade, agora por mão na bola de Yaroslav Rakitskiy, que não foi desperdiçada por Jackson, que ainda teria tempo de bisar em tempo de descontos em resposta a um cruzamento pela esquerda de Cristian Tello, estabelecendo o 2-2 final que mantém a equipa na liderança do seu agrupamento, um aspecto importante para uma equipa que pretende responder da melhor forma em todas as competições que disputa.