A reunião de clubes, levada a cabo em Coimbra na passada segunda-feira, foi o culminar de uma situação que se arrastava desde as eleições de 11 de junho da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), quando houve a reeleição de Mário Figueiredo (que executaria, assim, o seu 2º mandato) para mais tarde ser anulada pelo Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol. Tal acontecimento deveu-se à consideração atrasada de que as listas de Fernando Seara e Rui Alves, anteriormente excluídas, seriam de facto válidas (o argumento teria sido que não existiriam membros suficientes aos órgãos a preencher, em ambas as listas).

Posto isto, gerou-se a hipótese de passar a organização dos campeonatos profissionais para a FPF, visto a aparente falta de fundos. Segundo Tiago Ribeiro, presidente do Estoril-Praia, esse não será o desejo dos «clubes, nem da Liga e da própria Federação e do Governo», sendo o maior objectivo «trabalhar o mais rapidamente para que a Liga recupere a sua condição de organizadora dos campeonatos profissionais». 

Foi mesmo com esse objectivo que, eventualmente, foi convocada a reunião em Coimbra - dos 36 clubes, só 5 (Penafiel, Desportivo de Chaves, Santa Clara, Feirense e Atlético) não marcaram presença, sendo que o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, também não compareceu, enviando, contudo, um administrados do clube para o representar.

O resultado da mesma foi uma conclusão simples: serão requeridas novas eleições, onde as subscrições das listas actuais serão revogadas. Como afirmado pelo presidente do Estoril-Praia, o principar objectivo será o consenso: «Há um entendimento, uma vontade feral, de que se encontre um nome de consenso, que seja uma lista única talvez, para se apresentar (...) com um projecto de alteração estatuária, de governança». Neste prisma,  o presidente estorilista destacou esta necessidade de alteração de estatutos, com vista a tornar a LPFP susceptível de ser governável outra vez.