Fustigado pela actual direcção sportinguista, o ex-presidente do Sporting, Godinho Lopes, concedeu uma entrevista à RTP, onde procurou rebater as críticas e acusações de quem tem sido alvo por parte de Bruno de Carvalho, actual líder directivo do clube de Alvalade. No programa 4-3-3, da RTP Informação, Godinho Lopes abordou os temas quentes suscitados por Bruno de Carvalho, defendendo a sua reputação.

«Dispara para todo o lado em busca de fantasmas que não existem, à procura não sei de quê», afirmou sobre Carvalho quando se abordava a decisão leonina de avançar com um processo judicial contra os membros da direcção anterior, liderada por Godinho Lopes, devido a gestão danosa e incompetente (com ênfase nas contratações de Alberto Rodríguez, Jeffren e a renovação de Izmailov). O entrevistado garantiu não ter intenção de impugnar a assembleia-geral na qual tal decisão foi tomada: «Respeito a posição de qualquer sportinguista e de qualquer sócio. Respeito a decisão dos cerca de 300 adeptos do Sporting que estiveram na assembleia. Não impugnei qualquer assembleia-geral nem quero», declarou.

Quanto aos jogadores em causa, Godinho Lopes certificou que todos foram contratados mediante «critérios racionais»: «Como qualquer jogador, têm de ser analisadas as suas prestações e potencial. Sendo um activo, devemos ver se vale a pena alterar a situação do jogador. Vimos que ele tinha potencial para estar no Campeonato da Europa, era um dos melhores do clube e podia ser valorizado e vendido se apostássemos numa renovação. Foi feita com base em critérios racionais. Se resultaram, isso vem depois. A verdade é que esteve no Europeu pela Rússia», explicitou o ex-presidente leonino sobre o caso Izmailov.

Quanto aos louros da famigerada reestruturação financeira do clube, Godinho desmistificou a corrente visão do processo, afirmando que todos os moldes do saneamento financeiro estavam já arquitectados antes da direcção de Bruno de Carvalho sequer tomar posse: «Seria possível que em abril de 2013 já houvesse uma restruturação preparada com os bancos? Isso foi feito um ano antes. Os contornos do acordo já estavam definidos pela minha administração», desvendou.