Há menos de três decádas, Sp. Covilhã e Benfica disputavam o mesmo campeonato. E Mozer brilhava de águia ao peito, aquando a última deslocação dos encarnados à serra, em 87/88. Os da casa perderam por 3-0, na sua última temporada no principal escalão. Actualmente, o Sp. Covilhã actua na II divisão, mas almeja reconhecimento pela via da Taça de Portugal. A única vez que esteve no Jamor para disputar a final, em 1957, encontrou o …Benfica, saindo derrotado por 3-1.

Jesus traça caminho 

«Começámos com o Cinfães, mas eliminámos os dois rivais, Sporting e FC Porto. Fomos justos vencedores e tivemos no calendário equipas muito difíceis. Queremos estar no Jamor». É na síntese do último percurso dos encarnados na competição, que Jorge Jesus encontra o foco motivacional para a deslocação ao Complexo Desportivo da Covilhã. A Taça é objectivo demarcado na presente temporada, mas existem cautelas no comportamento do adversário que, apesar de teoricamente inferior, «vai ter muito entusiasmo e muito coração», nas palavras do técnico.

Sendo esta partida o regresso às competições nacionais, depois da paragem no campeonato para os jogos das selecções, Jesus considera que o seu grupo beneficiou da pausa para se consolidar: «A paragem beneficiou o Benfica, porque nos últimos jogos tivemos problemas físicos com alguns jogadores, nomeadamente com o Lima e o Jardel. Também o facto de alguns jogadores terem estado nas selecções permitiu um trabalho mais específico do ponto de vista físico com os que ficaram cá». Em consequência, a equipa entra no embate de logo «com os jogadores praticamente todos recuperados».

Chaló convoca todos os leões

Francisco Chaló, o orientador da equipa da Covilhã, também marca compasso para a recepção ao grande, munido de todos os seus trunfos. Por ser um jogo atípico na época do clube, convocou todo o seu plantel, para que, como objectivo final, exista uma partida disputada. «Não vou estar a dizer que me preocupa um bom resultado, preocupa-me que a minha equipa tenha uma boa imagem. Que eu olhe para o jogo e diga que optimizei os meus recursos ao máximo, porque o resultado é subjectivo», avançou.

Ainda assim, o técnico não descarta o cenário da sua equipa fazer cair o favoritismo visitante: «Há possibilidades? Há. Muito remotas? Sim. Se tenho uma réstia de esperança? Sim, já disse que não apostava o meu ordenado na vitória do Benfica, até porque o dinheiro faz falta».

Benfica apresentar-se-á modificado

Júlio César, Lima e Jardel estão recuperados para o confronto de logo, embora possam não constar no onze principal por opção técnica. E quem não deve figurar como titular, é Eliseu, que como Maxi Pereira, não usufrui de descanso necessário, em virtude da representação dos seus países.

Para suprir a lacuna defensiva, Jesus poderá recorrer a André Almeida, mas também a Benito, hipóteses sólidas no molde desta competição. O sector defensivo será, aliás, o mais modificado, sendo que César e Lisandro também constam como opções.