Depois de um primeiro teste no GP dos EUA, durante as primeiras duas sessões de treinos livres, a FIA ensaiará o seu sistema de safety car virtual em Interlagos, após ter recolhido o feedback de pilotos e equipas.

Diminuir a velocidade sem compactar a corrida

O sistema, concebido no rescaldo do acidente que atirou Jules Bianchi (Marussia) para o hospital no GP do Japão, tem por objectivo, sem fazer entrar o safety car em pista, reduzir a velocidade dos pilotos em situação de bandeiras amarelas. Após o aviso do safety car virtual nos painéis, os pilotos serão obrigados a desacelerar e manter a sua velocidade dentro de um tempo específico, que poderá ir até um terço da velocidade habitual.

Teste bem-sucedido pede apenas ligeiras afinações para o GP do Brasil

O teste do passado fim-de-semana em Austin terá dado à FIA alguns dados importantes. Para fazer face à dificuldade dos pilotos em se manterem dentro de um tempo específico, as zonas de medição de velocidade passarão a ser de 200m ao invés de apenas 50m, e os sinais de rádio serão igualmente melhorados, também com períodos de 10 segundos de aviso aos pilotos para reduzirem a velocidade ao entrarem no período de safety car virtual e antes da corrida ser novamente lançada.

A maior parte dos pilotos pareceram satisfeitos com o sistema, que não compacta tanto a corrida como perante a entrada de um safety car nem propicia uma corrida às boxes. Com o resultado do primeiro teste considerado muito positivo por equipas e pela própria FIA, tudo se resume a pequenas afinações, como esclareceu
Rob Smedley, director de performance da Williams: «O aspecto mais positivo é que se trata de uma nova metodologia e todos os pilotos fizeram praticamente o mesmo comentário, ao nível de detalhes. Portanto, globalmente, funcionou desde princípio muito bem.»