O GP de Abu Dhabi, no próximo fim-de-semana, marca o final da temporada 2014 de F1, e o circuito de Yas Marina oferecerá aos pilotos pontos a dobrar, numa controversa medida assinada por Bernie Ecclestone com o intuito de manter aceso o campeonato até às derradeiras voltas da temporada.

Críticas consensuais ao longo do paddock

A medida, porém, rapidamente suscitou críticas de vários intervenientes, que a consideram injusta e capaz de produzir resultados artificiais na hora de decidir o campeão mundial. Note-se que, num GP habitual, o primeiro lugar atribui 25 pontos, enquanto o segundo recebe 18. Em Abu Dhabi, este ano, os primeiros dois pilotos a cortar a meta receberão respectivamente 50 e 36 pontos.

Toto Wolff, director da Mercedes, dupla de onde domingo emergirá o novo campeão da modalidade, afirmou há poucas semanas que os pontos duplos a atribuir em Abu Dhabi poderão «ensombrar o campeonato se tudo ficar a dever-se a um problema técnico». Recorde-se que Lewis Hamilton entra na última prova da época com 10 vitórias, mais cinco do que Rosberg, liderando o campeonato com 17 pontos sobre o seu colega. 

Wolff acrescentou ainda que «ninguém gosta dos pontos duplos... Penso até que nem o Bernie gostará deles agora.»

Ecclestone admite regresso à pontuação habitual em 2015

De facto, o patrão da F1 admitiu que a regra poderá ser revogada já em 2015, regressando a modalidade à normal pontuação por GP ao longo de toda a temporada, isto depois de inicialmente Ecclestone ter proposto que os pontos duplos se aplicassem não à última mas às três últimas corridas da época. Segundo Ecclestone, isso faria muito mais sentido, e apenas não foi implementado porque «eles [equipas] são completos idiotas». Ao The Independent, o empresário britânico declarou ainda «Não vou propor novamente as três corridas. Vou deixá-los [as equipas] fazer o que quiserem.»