De outro Planeta, absurdamente bons, os melhores de sempre. São estas algumas das formas de adjectivar dois dos melhores jogadores de Futebol que o Planeta alguma vez viu. Cristiano Ronaldo é o actual Melhor do Mundo, enquanto que o argentino Lionel Messi conta já com 4 bolas de ouro no seu palmarés.

A Todo o Gás, Puto Maravilha

O “Puto Maravilha”, que de puto já nada tem nesta andanças futebolísticas, continua a encantar todos, época após época. Quebra recordes atrás de recordes, e é o primeiro português de sempre a contar com 2 Bolas de Ouro no seu currículo. Aos 29 anos e oficialmente entitulado como Melhor do Mundo, CR7 fez uma temporada 2013/2014 que deixa qualquer um boquiaberto.

Ganhou a Liga dos Campeões ao serviço do Real Madrid, foi o melhor marcador de sempre em fases finais da competição, ganhou uma Bota de Ouro, entre tantos outros títulos e recordes. Contou no total com 51 golos e 14 assistências em 47 jogos, fazendo parecer que os anos não passam por si, ou que, mesmo passando, só o tornam cada vez mais letal e decisivo.

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O Fundo da época

Todavia, nem tudo foi maravilhoso para Ronaldo na última temporada. Contraíu uma lesão, que aliás, o fez jogar lesionado na final da Liga dos Campeões (algo que CR7 veio mais tarde a admitir como tendo sido um risco para a sua carreira futebolística) e fruto disso mesmo, teve um Mundial muito abaixo das expectativas (um pouco à imagem também, da desfigurada selecção Portuguesa). Essa mesma lesão afastou-o também dos primeiros trabalhos de pré-temporada, num momento em que muitos colocaram em causa a continuidade do desempenho de Cristiano ao nível de outras épocas.

Mais do mesmo, CR7?

Quando muitos preconizavam o pior dos cenários, eis que aparece CR7 e mais uma vez, prova que o seu momento de grande forma ainda não terminou. Vejamos então, as estatísicas deste ano de Cristiano: Em 17 jogos leva 23 golos, sendo que 18 dos mesmos foram apontados em dez, repita-se, dez jogos de La Liga (É de ressalvar ainda, que por meados de Outubro, o Real Madrid contava com 30 golos no campeonato e que metade deles, foram apontados exactamente por Cristiano). Entrou portanto a todo o gás, quebrando mais uma vez recordes. Hoje em dia de duelo com a Argentina e também, diga-se, com Messi, o Mundo pára, expectante em relação a este confronto de titãs.

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Classe e Magia: Messi, onde andas tu?

Nos últimos tempos, têm sido notórios alguns problemas de Messi. Não só a nível físico (recordemos os enjoos em campo), mas há quem diga também, que a nível psicológico. O craque argentino aparenta não estar feliz em Camp Nou, não por não gostar daquela que é a sua casa, mas sim pela necessidade de um novo desafio. Contudo, e apesar de mais apagada, não se pode dizer que a temporada 2013/14, tenha sido má para o Argentino. Foi apenas…menos brilhante do que aquilo a que fomos habituados. Em 46 jogos conseguiu 41 golos (menos 10 que Ronaldo) e 14 assistências (tantas como o Português), registo ainda impressionante.

Melhor jogador do Mundial

Apesar das dificuldades que tem sentido, Messi foi ainda considerado, numa decisão algo polémica e contestada até por Sepp Blatter, o melhor jogador do Mundial, figurando à frente de jogadores como Manuel Neuer e Thomas Muller. Sem fazer um Mundial brilhante, a verdade é que o argentino destacou-se claramente mais que Ronaldo e teve momentos nos quais foi decisivo para o sucesso da selecção alviceleste.

Porquê a extremo?

A época que agora corre, parece mais uma vez ser a repetição da anterior, mas com um novo dado introduzido: Messi voltou à posição que ocupava antes de ser orientado por Pep Guardiola, jogando agora a extremo. Leva 11 golos e 9 assistências em 15 jogos, mas não tem sido capaz de colocar em campo o seu melhor Futebol.

A verdade é que a posição confortável do argentino já não é nas alas, mas sim a “nove e meio”, como com Guardiola. É aí que Messi tem total mobilidade para arrastar defesas, criar jogadas e marcar golos. Se Ronaldo é muito forte a partir das alas para o meio, Messi é claramente mais forte a jogar no meio. Ainda assim, mantém as suas qualidades intactas, continuando a ser um jogador temido pelas defesas adversárias, por toda a sua imprevisibilidade e velocidade no drible.

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Esta noite, esperamos assim um grande duelo entre Ronaldo e Messi, num jogo que mesmo sendo “a feijões”, ninguém quer perder. As defesas de ambas as equipas vão então, ter que redobrar as atenções, de modo a conseguir travar, ou neutralizar estes dois craques de tão alto gabarito.