Nome bem conhecido em Portugal, de onde saiu sem grande ‘alarido’ face à falta de oportunidades, até há alguns meses Nolito não esperaria estar numa situação tão privilegiada e bem distante da condição de suplente não utilizado ou até não convocado com que deixou o Benfica para regressar ao seu país a fim de recuperar a alegria da sua carreira. No fim de contas, conseguiu-o mesmo, chegando mesmo mais alto do que estaria à espera.

Na hora de abandonar a Luz, Nolito assinou pelo Celta de Vigo, onde desde logo conquistou o seu espaço, tornando-se não só peça fundamental da equipa como um dos atacantes mais temidos do futebol espanhol, o que a aliar ao facto de ‘La Roja’ se encontrar em reestruturação e ao facto de ser um dos atacantes de nacionalidade espanhola em maior plano de destaque conduziu à primeira chamada à selecção principal.

Frente à Alemanha, Nolito ganhou espaço perante companheiros mais experimentados

Com a vantagem de bem conhecer o futebol ainda rendilhado da equipa espanhola, mercê da herança deixada acima de tudo pelo Barcelona de Pep Guardiola, Nolito chegava à selecção AA espanhola, ainda que no primeiro encontro deste duplo compromisso, válido pelo apuramento para o Euro 2016 ante a Bielorrússia, não tenha saído do banco de suplentes, assim adiando a primeira internacionalização.

Pode dizer-se que valeu a pena a espera para o versátil atacante que acabou por ter direito à estreia, assim como o guarda-redes Kiko Casilla, em tempos pretendido pelo FC Porto, tendo alinhado mesmo como titular na frente de jogadores mais experimentados na equipa e a atravessar um bom momento de forma como Cesc Fabregas, abrindo assim as alas como aliás Vicente del Bosque bem pretendia.

Mais, o ‘padrinho’ não poderia ter sido também mais bem escolhido: a recentemente coroada campeã do Mundo Alemanha, precisamente a equipa que roubou o ceptro ao conjunto espanhol e consequentemente o estatuto de melhor selecção do planeta, um oponente frente ao qual alinhou durante 77 minutos, momento em que deu o seu lugar a Pedro Rodríguez.

Atacante demonstrou poder fazer parte do futuro da equipa espanhola

O antigo futebolista do Benfica aproveitou bem a oportunidade, deixando sinais de muita qualidade, tirando também proveito do palco escolhido para a realização do encontro particular - que local mais indicado senão a casa na qual se reabilitou para o futebol internacional, Vigo? - para mostrar que pode mesmo fazer parte da revolução que tem acontecido no ataque de ‘nuestros hermanos’.

Na frente ataque espanhola figuram agora jovens como Paco Alcacer, Rodrigo Moreno ou Alvaro Morata, antigos pupilos do actual treinador do FC Porto, Julen Lopetegui, nas selecções jovens. Em suma: adversário e local perfeitos, exibição a condizer… mas o resultado errado, uma derrota por 1-0. De qualquer forma, certamente Nolito não esquecerá este particular realizado nos Balaídos.