O Sporting entrou em campo com um 11 praticamente novo, em que apenas Sarr e João Mário repetiam a titularidade da última partida com o Paços. Um 11 que fazia todo o sentido. Talvez Tanaka pudesse ter começado, mas percebia-se.

Para além das novidades no 11, qualquer sportinguista minimamente atento à realidade da equipa B salivava para que fossem dados alguns minutos a Podence (apenas este já que Wallyson e Iuri não foram convocados).

Jogo repartido enquanto houve Espinho

Este jogo teve 2 partes perfeitamente antagónicas. Enquanto o  Sporting de Espinho teve pernas (cerca de 50 minutos),  assistiu-se a um jogo bastante repartido, intenso e sem oportunidades de golo claras – apenas um lance (exceptuando o golo de João Mário que resulta de uma boa combinação entre André Martins e Diego Capel) em que Mané, numa das suas diabólicas penetrações da ala para o meio, isola André Martins que falhou o alvo.

Na 1ª parte vimos um Sporting cinzento. A dupla de centrais, mesmo sem ser testada, conseguia tremer. Jonathan aparentou estar bastante nervoso e esteve desastrado, não acertando um único cruzamento (quando esta é das suas valências) e Miguel Lopes queria fazer tudo rápido e bem, acabando por fazer quase tudo mal.  Rosell esteve a um nível bastante mediano e insuficiente paras ser o homem à frente da defesa de um grande (melhorou muito na 2ª parte, principalmente na visão de jogo e qualidade de passe), João Mário muito pressionado e sem espaço, Capel perfeitamente desastrado (apesar de ter conseguido 1 golo e 1 assistência) e Montero escondido.

Martins e Mané em destaque

Apenas André Martins e Carlos Mané ganharam pontos na luta pela titularidade. Enquanto que o primeiro foi bastante directo, não complicando e jogando um futebol bastante vertical (começou um pouco frouxo mas subiu de rendimento com o passar dos minutos), o 2º foi o único jogador a desequilibrar verdadeiramente, principalmente quando fazia os movimentos interiores de que tanto gosta. Será que não deveria ser ele a jogar atrás do ponta de lança na grande maioria dos jogos em que o Sporting precisa de assumir o jogo?

Na segunda parte vimos, naturalmente, um Sporting completamente por cima do adversário – que estava esgotado – que o conduziu à goleada inevitável.  Não nos esqueçamos que o Sporting de Espinho joga no Campeonato Nacional de Seniores e ocupa até a última posição da prova...

Notas finais:

  • Excelente 2ª parte de Fredy Montero que bisou (o primeiro golo é espectacular) e que promete dar muitas dores de cabeça a Marco Silva na escolha do ponta de lança que irá iniciar o jogo de Terça-Feira contra o Maribor – a fazer lembrar o Montero dos primeiros meses em Alvalade
  • Minutos de Tanaka (e 1º golo de leão ao peito) e de Podence (estreia do jovem craque na equipa principal)
  • A seriedade com que o Sporting encarou esta partida, apesar da 1ª parte de fraca qualidade