Ontem, no primeiro de dois dias de testes em Abu Dhabi, as atenções estavam voltadas para a estreia da parceria entre a equipa McLaren e o fornecedor de motores Honda, que estava ausente da F1 desde 2008.

Pouco se pôde ver em pista, porém, com o jovem piloto de testes, Stoffel Vandoorne, a ter oportunidade para fazer apenas três voltas de instalação, sem marcar nenhum tempo no quadro.

McLaren testa e aprende novos processos

Eric Boullier, chefe da McLaren, fez questão de salientar que «pôr a funcionar um monolugar de F1 moderno é um procedimento muito complicado», e explicou que o objectivo dos testes em Abu Dhabi não era o de colocar tempos na tabela, mas sim o de ensinar os departamentos da Honda, em Sakura (Japão), e os da equipa em Milton Keynes e Woking a trabalhar com o centro operacional no circuito, junto dos carros.

«Encontrámos alguns problemas, incluindo uma demorada verificação das instalações eléctricas durante a manhã, mas é satisfatório ver que conseguimos ligar o motor, tirar o carro da garagem e fazer algumas voltas durante a tarde.», explicou Boullier, frisando ainda que «o motor usado hoje ainda está em desenvolvimento -- não será usado em corrida -- e estamos dentro dos prazos para o desenvolver antes da próxima temporada.»

Ron Dennis satisfeito e muito confiante

«Acreditamos ter tomado um rumo que nos permitirá começar o próximo campeonato a nível muito elevado.», Ron Dennis

Ron Dennis, dono da McLaren, revelou-se confiante e recusou a ideia de que os problemas de ontem constituam um atraso para a equipa. «Este ano, as equipas só começam a testar os monolugares para os novos regulamentos em Fevereiro, mas nós estamos já a testar a unidade motriz da Honda, ainda antes dos testes de inverno.», afirmou.

Dennis acredita que a sua equipa estará forte no arranque da próxima temporada, e que a McLaren terá mesmo um monolugar melhor do que os de 2013 e 2014. «Há algo que têm de compreender: o grupo que desenhou o carro de 2015 é completamente diferente daquele que desenhou os últimos dois.», declarou Dennis antes de anunciar que vinte novos engenheiros se juntaram à McLaren, entre eles Peter Prodromou, até então chefe de aerodinâmica da Red Bull.