Depois de duas jornadas sem vencer os leões alcançaram dois triunfos consecutivos ao derrotar Vitória Setúbal e Boavista, no entanto a próxima jornada em Alvalade diante do Moreirense e com um Porto x Benfica logo a seguir, pode proporcionar à equipa leonina um reaproximar aos seus rivais mais directos a nível pontual. O problema é que o Sporting ainda não conseguiu ganhar três jogos seguidos no campeonato, e os empates em casa diante de Belenenses e Paços Ferreira foram pontos desperdiçados, que se poderão vir a revelar-se preciosos lá mais para a frente.

No entanto os jogadores orientados por Marco Silva já não perdem desde o desaire por 3-0 em Guimarães diante do Vitória, e caso não sejam derrotados na próxima quarta-feira frente ao Chelsea na última jornada da Liga dos Campeões podem igualar o registo de sete jogos seguidos sem conhecer o sabor da derrota, que curiosamente foi travado pelos blues na partida da primeira volta.

Factor Nani

Foi um enorme upgrade de qualidade técnica e táctica dada a esta equipa. Nani tem sido o desequilibrador de jogo seja a assistir ou a marcar, o camisola 77 tem a capacidade de mudar o rumo das operações de um momento para o outro e transporta consigo um conjunto de jogadores, que cresce e ganha mais confiança por saberem que dos pés de Nani algo de bom irá surgir.

De resto Nani é o melhor marcador dos leões na Liga dos Campeões com quatro golos. Veremos quanto tempo a lesão contraída no Bessa o vai impedir de continuar a ajudar os seus companheiros, no entanto a opção Carrillo é também bastante fiável embora Nani, seja sempre Nani.

Novo sistema táctico

A novidade aconteceu no encontro frente aos sadinos, quando Montero surgiu no onze inicial remetendo João Mário para o banco de suplentes. O Sporting deixou então o 4-3-3 e mudou para 4-2-3-1, com o colombiano a jogar nas costas de Slimani com Nani e Mané nas alas, deixando a zona do meio-campo encarregue a William Carvalho e Adrien Silva. A mudança tem vindo a revelar-se certeira pois a equipa ganha maior preponderância ofensiva e a mobilidade e técnica de Montero permitem-lhe assegurar o espaço para o ponta-de-lança argelino fazer golo, ele que já leva seis no campeonato.

Por outro William e Adrien complementam-se e garantem rigor defensivo e qualidade na saída com a bola. Veremos se esta opção é para manter já no jogo com o Chelsea, ou se face ao maior poderio do adversário, o regresso ao 4-3-3 será a escolha mais acertada.

Certo é que este Sporting continua a apresentar um futebol agradável, com fio de jogo onde cada jogador sabe aquilo que tem de fazer em campo, falta-lhe apenas como também já disse Marco Silva continuar a ganhar para a regularidade passar a ser uma realidade, que certamente dará cada vez mais confiança para o resto da temporada.