A passagem já estava garantida e pela primeira vez na história, o FC Porto poderia vencer todos os jogos da Fase de Grupos da Liga dos Campeões em casa. Bastavam 90 minutos. Foi-se o recorde, ficou o empate.

Um jogo muito estranho por parte da equipa portista até deu o primeiro golo a Stepanenko, mas foi ao bater dos 90 que Aboubakar fez levantar o Dragão. Uma partida com falta de brio por parte da equipa de Lopetegui com Rúben Neves a sair por lesão. O treinador portista garantiu que os jogadores estavam concentrados no jogo, mas a verdade é que não pareceu.

Uma primeira parte a contar os minutos

Sem Casemiro e com a passagem garantida, Lopetegui fez uma verdadeira revolução no onze inicial: Evandro, Ricardo Pereira e Quaresma entraram, saíram Jackson Martínez, Danilo e Herrera. E apesar de a qualidade parecer garantida, sem a dupla sensação, as coisas não correram como o suposto.

Um jogo insosso, com muita falta de vontade por parte de ambas as equipas, destaque apenas para a tentativa de Ricardo Pereira à passagem dos 35 minutos e para a lesão de Rúben Neves. Depois de um choque com Alex Teixeira, o jogador do FC Porto ficou agarrado ao joelho direito e não mais voltou a jogo. Saiu de maca, sob um coro de aplausos dos adeptos presentes nas bancadas, obrigou à entrada de Martins Indi e ainda deixou Lopetegui com um grande dor de cabeça.

Um susto e um golo de fazer levantar o Dragão

A segunda parte arrancou praticamente com o golo do Shakhtar. Um canto de Bernard, uma bola para Stepanenko e um golo acessível. Tudo facilitado para a equipa ucraniana, que depois de um empate arrancado na primeira-mão, fez o que quis da defesa azul e branca.

Lopetegui fez entrar Kelvin para o lugar do apagado Ádrian Lopez, que em boa verdade muita culpa teve no golo da equipa visitante. Com Kelvin em campo o Porto mudou de atitude, mas não o suficiente para fazer encher o peito. E quando os adeptos já saíam das bancadas o golo apareceu. Uma bomba de Aboubakar! Depois um mau alívio da defesa ucraniana, o jogador do FC Porto teve tempo para tudo: apanhou, rodou, rematou e marcou.

Um golaço que evitou a derrota e que mostrou ao técnico portista que vale a pena apostar no camaronês. Final da partida com um resultado arrancado, mas que ainda assim mostrou ser justo face ao que se viu em campo.

Agora resta ao FC Porto aguardar o sorteio para saber qual será o seu adversário na próxima fase da Liga Milionária. Até lá, ainda há um Clássico e ao que tudo aponta, sem Rúben Neves.