Esta noite, o Sporting voou até terras de Sua Majestade para a disputa do último jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões, em Stamford Bridge. Naquela que foi uma partida muito apagada para a equipa comandada por Marco Silva, o Sporting acabou mesmo por perder por expressivos 3-1 frente ao Chelsea de José Mourinho. O Schalke venceu em Maribor e relegou os leões para o terceiro lugar do grupo, e consequentemente para a Liga Europa.

1ª parte: Carrillo em destaque, o resto uma ilusão

O cenário negro para a equipa de Marco Silva ficava presente desde o minuto inicial. De facto, o Chelsea começou forte desde o início, quando ao primeiro minuto Diego Costa punha a equipa a mexer e tentava o ataque. Apesar de não demonstrar perigo iminente, Salah, poucos minutos depois, voltava a invadir a defesa leonina e, consecutivamente, a assustar na área do adversário. Valeu a defesa inteligente de Rui Patrício. O Chelsea começava a dominar e, ainda que por grande penalidade, o golo acabou mesmo por chegar – corria o minuto 8 quando Esgaio fez uma falta despropositada sobre Filipe Luís, que corretamente o árbitro assinalou e castigou. Eventualmente, Rui Patrício foi batido por Fàbregas, num penálti bem marcado em que pouco poderia fazer. Enquanto que a desvantagem poderia ter dado motivação ao último reduto de Alvalade, a situação não se verificou – a dinâmica continuou ausente do meio-campo leonino, a jogar apagado e sem chama, perante um Chelsea dominador e a fazer o que queria. De facto, toda a situação era propícia para o segundo, que acabou mesmo por chegar aos 16 minutos – em contra-ataque e numa boa jogada conjunta, Salah passou para Matic que, por sua vez, colocou a bola em Schurrle e fez as redes de Patrício estremecer de forma implacável, mais uma vez sem qualquer hipótese de defesa do guardião.

Ainda que nunca tenha ganho a chama necessária, o Sporting foi tentando construir jogadas, procurar reduzir a desvantagem, sobretudo com Carrillo em destaque – o peruano foi sem dúvida a figura, criando as diversas situações de perigo registadas no primeiro bloco de jogo, sempre com Capel e Slimani a falhar na finalização. Não fosse Carrillo e os seus lances individuais e o Sporting não só seria nulo a desequilibrar o Chelsea como demonstraria, provavelmente, um papel bem mais inativo no jogo. Neste sentido, valeu também o guardião Rui Patrício que, embora não tenha conseguido evitar os dois golos, foi evitando pequenas situações que poderiam ser mais letais para a sua equipa.

Já perto do intervalo, o Chelsea reduzia o esforço na partida e, perante este Sporting apagado e a jogar pouco, dava-se ao luxo de disputar sobretudo bolas a meio-campo, mas muito cerrado nas marcações e sem permitir o Sporting avançar até às redes defendidas por Cech. Só mesmo aos 38’ é que Carrillo, outra vez em destaque, protagonizou um excelente lance com mais um cruzamento fantástico, onde Slimani e Capel falharam, mais uma vez, na finalização. De facto, Capel demonstrou-se uma aposta fracassada de Marco Silva, bem como Slimani, que se encontrava demasiado só e sem grande capacidade de chegar ao golo. Com a segunda parte a acabar com 2-0, a atitude do Sporting tinha de mudar drasticamente e as entradas de Mané e Montero apresentavam-se como necessárias.

2ª parte foi morrer na praia…

Para a segunda parte, Marco Silva esperava mais pressão do meio campo leonino, mas William continuava a tardar em aparecer, valendo os dinâmicos Adrien e João Mário a equilibrar os leões, entrando bem no segundo tempo. Face à vantagem de dois golos e ao apuramento já garantido, o Chelsea permitiu ao adversário circular melhor a bola e, com base nos minutos iniciais, adivinhava-se um golo leonino. O melhor jogador dos leões, Carrillo, acabou mesmo por desenhar mais um lance fenomenal ao minuto 50 e, escapando à marcação de 3 defesas londrinos com fintas de classe, cruzou com sucesso para o oportuno Jonathan fazer o gosto ao pé e, assim, relançando os leões na luta pelo resultado.

Contudo, os pupilos de Marco Silva não tiveram a frieza necessária para impor o seu jogo por mais tempo e os blues voltaram ao domínio quando o que se esperava era um assalto leonino à área de Cech. Contrariamente, o Chelsea aproveitou as fragilidades dos leões e, na sequência de um live, acabou mesmo por aniquilar as aspirações sportinguistas, realizando o 3-1. O treinador leonino ainda tentou apostar no ataque ao promover as entradas de Montero e Mané, mas o que é certo é que o rumo dos acontecimentos não sofreu quaisquer alterações e, face à vitória do Shalke, o Sporting vê-se mesmo fora dos oitavos de final da Liga Milionária.

Contas feitas, resta ao Sporting marcar presença na Liga Europa e disputá-la, terminando este regresso à Champions na terceira posição do grupo com 7 pontos conquistados, ficando o sabor sempre amargo de ter morrido na praia. O Schalke, por sua vez, atingiu mesmo o 2º lugar e classificou-se com 8 pontos, ainda que os leões tenham sido claramente a segunda melhor equipa do grupo que o Chelsea tão incontestavelmente dominou.