Após a eliminatória frente ao Braga para Taça de Portugal, a equipa de Jorge Jesus já só tem duas Competições onde se focar, sendo uma delas o Campeonato, onde mantém a liderança com uma confortável distância do 2º classificado, o Porto de Lopetegui, que se vê a 6 pontos de chegar ao topo. O Gil Vicente, por sua vez, chega ao final do ano com um quadro negro diante de si, vendo as oportunidades de se manter na Primeira Liga contadas - com 6 pontos, está a 4 do antepenúltimo Académica, encontrando-se no fundo abismo.

Porto abre a jornada com goleada

Depois de ter perdido com o Benfica na jornada passada, o Porto não olhou a modos para se "vingar" do sucedido nas Antas e venceu o Vitória de Setúbal por expressivos 4-0. É certo que os de Bonfim entraram melhor, mas um erro fatal de Manu, que derrubava Danilo na área, era o que chegava para o árbitro Manuel Oliveira assinar a grande penalidade que, convertida por Quaresma, deixou o guardião sadino sem qualquer hipótese, inaugurando o marcador aos 21'. Não muito depois era a vez de Jackson que, assistido por Tello, fez o segundo da partida, deixando evidente a passagem do controlo para a equipa da casa.

Ainda que esse controlo não se tenham mantido com a mesma intensidade no segundo bloco de jogo, certo é que, apesar das diversas investidas, os pupilos de Domingos Paciência não encontraram forma de bater Fabiano. Com a entrada de Brahimi, como já é usual, toda a dinâmica de jogo se alterou, e não mais do que um minuto bastava para o 2-0 se transformar em 3-0: o argelino só teve de encostar para triunfar. Contudo, isto não foi suficiente e, volvido um minuto do tempo de compensação, Danilo fez o quarto da partida, com Zequinha no lugar do expulso guardião Ricardo Batista, após derrubar Brahimi na área. Dúvidas não restavam, e o Porto levou os 3 pontos, reduzindo temporariamente a diferença face ao líder Benfica para 3 pontos, assegurando a 2ª posição na tabela classificativa.

Gaitán oferece 3 pontos à equipa da Luz

Não foi fácil para o 1º classificado vencer o último da tabela. Ainda que tenha conquistado o domínio do meio campo, o Benfica não encontrava forma de finalizar e jogava de forma desinspirada, encontrando uma boa barreira defensiva da equipa de José Mota que, apesar da falta de favoritismo, aguentou 30 minutos sem sofrer qualquer golo, não tendo registado, contudo, qualquer situação de perigo ofensivo.

Passava assim a meia hora de jogo quando Ola John desenhou um eficaz lance que deixou a defesa do Gil Vicente sem qualquer hipótese, efetuando um passe para Maxi que, em fora de jogo não assinlado, rematou ao poste. Valeu o mágico Gaitán que, na recarga, deixou Adriano sem qualquer hipótese, marcando o único da partida. A ganhar apenas por 1, o Benfica manteve o domínio territorial, mas as hipóteses de marcar escassas foram. Na segunda parte, as oportunidades de marcar foram mais constantes, mas absolutamente desperdiçadas por Lima e Jonas.

Já perto do fim, os pupilos de Jorge Jesus perderam mesmo o gás e ainda fizeram o Gil acreditar no empate, mas este não chegou. Os encarnados acabaram mesmo por vencer e assegurar a vantagem pontual que conquistaram na passada jornada, ao bater o Porto nas Antas.

Leões voltam aos triunfos

Após o empate da jornada passada o Sporting voltou às vitórias, derrotando o Nacional na Madeira - e, por isso, ganhando outro sabor por vencer num terreno tradicionalmente difícil para os verde-e-brancos. Naquele que se pode designar de um jogo intenso, vestido de dedicação de parte a parte, ambas as equipas procuravam a conquista dos 3 pontos, circulando muito a bola e raramente a deixando ficar pelo meio-campo. De facto, as equipas estavam equilibradas, com a de Marco Silva a destacar-se ligeiramente mais face à enorme criação de oportunidades e ataques, ainda que sem sucesso efetivo.

Esse sucesso, contudo, acabou por chegar - jogava-se o minuto 51 quando Mané fez das suas e, na sequência de um canto, aproveitou a defesa do guardião da casa a um cabeceamento de Slimani e encostou, oferecendo a vantagem à sua equipa. Era meio caminho andado para o equilíbrio se perder e o Sporting ascender no controlo, tentando chegar ao 2º golo. Este, no entanto, ficou pelo caminho e, mesmo com a expulsão de Adrien a 12 minutos do fim, o Sporting conseguiu aguentar-se e trazer os 3 pontos para casa, vencendo pela 4ª vez o Nacional em casa nos últimos 14 jogos que lá se disputaram.

Ainda assim, os pupilos de Marco Silva encontram-se a 10 da 1ª posição e a 4 da 2ª, devendo esperar por um deslize do Guimarães e do Braga para chegarem ao 3º lugar e, a partir daí, procurarem voltar a criar perigo para os rivais Benfica e Porto.

Equipas do minho em alta na classificação, Gil Vicente no fundo do abismo

Braga e Vitória de Guimarães estão lado a lado na luta pela Europa. Apesar da excelente época que os vimaranenses têm vindo a desempenhar, um deslize na casa do Estoril foi o que bastou para reduzir a vantagem face ao Sporting e descer para a 4ª posição do quadro classificativo, ainda que em igualdade pontual com o Braga. Com o desaire de 1-0 frente aos estorilistas, foram os bracarenses quem souberam aproveitar, recebendo e derrotando o Paços de Ferreira por expressivos 3-0, com Pardo, Éder e Rafa a fazerem o gosto ao pé.

A Académica, por sua vez, continua sem conseguir vencer e voltou a descer na tabela, encontrando-se na 17ª posição, após o empate em casa diante o Penafiel. Para além dos estudantes, também o Vitória de Setúbal e o Gil Vicente parecem ter a lição mal estudada e terminam o ano de 2014 como lanternas vermelhas (Setúbal em 16º com 11 pontos e Gil Vicente em 18º com 9 pontos, ainda sem qualquer vitória registada).