O Campeonato Africano de Nações (CAN) vai ser disputada por 16 paises. Várias estrelas do continente africano vão lá estar como Gervinho, Kolo Touré, Yaya Touré, André Ayew e Asamoha Gyan. Em termos de geografia uma curiosidade, esta edição da CAN não terá nenhuma equipa do Este de África, tendo o Sudão, o Uganda e a Etiópia de Mariano Barreto sido as equipas desta zona do continente que estiveram na fase mais adiantada do apuramento.

Quem irá ocupar o vazio deixado pela Nigéria? Esta é a pergunta que marca a abertura de mais uma CAN, já que os campeões em título e um dos melhores representantes de África no Mundial 2014, eliminados pela França nos oitavos-de-final, falharam o apuramento, permitindo a passagem no grupo A da África do Sul e do Congo.

No grupo A ficou a Guiné Equatorial, de Javier Balboa, do Estoril Praia, que será a anfitriã e era treinada por Andoni Goikoetxea que é lembrado por ter lesionado Diego Maradona. O treinador deixou o cargo a três semanas do inicio da CAN devido ao não prolongamento do contrato que o ligava à Federação daquele país. «Obrigado, povo guineense, pelo vosso carinho durante dois anos, obrigado aos jogadores pelo compromisso e pelos bons resultados», escreveu na sua conta do Twitter. Foi substituido no cargo pelo argentino Esteban Becker que treinou vários clubes das segunda e terceira divisões espanhola e em 2012 esteve à frente da seleção feminina da Guiné-Equatorial, ano em que se sagrou campeã do CAN. 

Balboa, na edição de 2012, marcou o golo inaugural da competição na vitória contra a Líbia 1-0. Tem a defender a honra dos países anfitriões, que desde 1996 passam sempre dos grupos. O último que não o conseguiu foi a Tunísia, em 1994. Da selecção sabe-se quase tanto como há dois anos quando atingiram os quartos-de-final com um futebol limitado, muito coração e jogadores naturalizados. Ficou no grupo com Burkina Faso, finalista vencido em 2013, o Gabão, treinado por Jorge Costa que tem como principal jogador Aubameyang do Borussia de Dortmund e o Congo. O antigo jogador do F.C. Porto chamou o médio Mario Lamina do Marselha mas o jogador recusou «não vou ao CAN. Tudo aquilo que vão escrever não vão passar de rumores». referiu na rede social Twitter.

Junior Oto’o, defesa do SC Braga B, torna-se o único jogador que actua em Portugal convocado por Jorge Costa. O antigo internacional referiu sobre os adversários, «apanhámo-los (Burkina Faso) na fase de qualificação. Ganhámos em casa e empatámos fora. A Guiné Equatorial é uma incógnita, foi suspensa da fase de qualificação por irregularidades e não sei que tipo de seleção irá apresentar». Quanto ao Congo o ex-jogador não conhece muito mas acredita que é uma boa selecção. E reforçou, «eu gostava que o Gabão fosse uma das surpresas da competição e vamos lutar por chegar o mais longe possível. Não somos nem de perto nem de longe um dos favoritos, mas quando se chega a uma competição como esta tudo pode acontecer».

Este Congo é modesto, sofreu apenas 6 golos no apuramento e não sofreu golos em três jogos, mas apurou-se contra as expetativas à frente da Nigéria (derrotando fora os campeões africanos e ganhando os dois jogos ao Sudão). A figura principal está no banco e chama-se Claude LeRoy, ele que parte para a oitava CAN com a quinta seleção diferente, tendo um registo impressionante, só por uma vez não passou dos grupos (em 2013 com a RD Congo) e vencendo o título em 1988 com os Camarões. Os avançados Férébory Doré (Cluj) e Thievy (Almería), o médio Prince Oniangue (Reims) são jogadores importantes para o Congo.

Entre os candidatos a seguirem para os quartos, o vice-campeão de há dois anos está bem posicionado. O Burkina Faso continua a desfrutar da sua referência, Jonathan Pitroipa, melhor jogador da última CAN e melhor marcador da fase de apuramento com 6 golos (leva 11 nos últimos 17 jogos com a seleção). Depois de jogar a final continental quase dava seguimento à boa fase com o apuramento para o Mundial do Brasil, mas perdeu nos golos fora para a Argélia. Para a fase de grupos a equipa orientada pelo belga Paul Put, que tem no médio Charles Kaboré (Kuban Krasnodar) outro pilar, voltará a encontrar o Gabão de Jorge Costa, contra quem perdeu fora e empatou em casa (2-0 e 1-1).

No grupo B temos a Zâmbia, a Tunisia, Cabo Verde de Rui Águas e Heldon do Sporting e RD Congo. Cabo Verde que terá o seu primeiro jogo a 18 de Janeiro frente à Tunisia e em que o seleccionador, Rui Águas, afirma, «não há impossíveis em futebol... Queremos entrar bem no CAN-2015 e, nesse sentido, a estreia diante da Tunísia será decisiva. É uma seleção mais experiente nestas andanças, porém, só na prática é que se verá quem é o mais forte. Haja o que houver, aconteça o que acontecer, queremos que os cabo-verdianos sintam orgulho na sua selecção». País que em Março irá ser alvo de um jogo de solidariedade em Portugal para com as vitimas da erupção do vulcão do fogo.

Esta será a sua segunda participação na CAN sendo que em 2013 foi eliminado pelo Gana nos quartos de final. Inclusive o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, apoia a equipa, «habituados que estamos a receber alegrias do nosso combinado nacional, importará agora que nos disponibilizemos para os apoiar de toda a forma numa empreitada que, no passado, foi um poço de orgulho para todos nós cabo-verdianos». Em jogo de treino Cabo Verde empatou 1-1, no Seixal, com a Guiné Equatorial. Na Tunisia, Ben-Hatira, médio do Hertha de Berlim não fará parte do lote de disponiveis pois tem uma lesão no dedo do pé que não lhe permite ajudar a equipa. Não vence a CAN desde 2004 quando organizou o torneio e era treinada por Roger Lemerre, técnico campeão da Europa com a França em 2000. Curiosamente também não passou dos quartos-de-final nas seguintes cinco edições. O apuramento dos norte-africanos fez-se de forma invicta com vantagem directa sobre o Senegal e duas vitórias tangenciais sobre o Egipto (0-1 no Cairo e 2-1 em Monastir), isto com 6/2 de saldo de golos marcados e sofridos.

Yassine Chikhaoui (Zurique) e Wahbi Khazri (Bordéus) destacaram-se com dois golos no apuramento na equipa orientada pelo ex-selecionador belga George Leekens, que pegou nas Águias de Cartago após o falhanço do apuramento para o Mundial. Uma nota para a não convocação do máximo goleador histórico tunisino, Issam Jemaa (36 golos/86 jogos – joga no Al Sailiya do Qatar), que até final de Dezembro assinou 6 golos em 15 jogos. Já a RD Congo chega a esta CAN com a missão de melhorar a performance anterior, três empates e eliminação nos grupos em 2013. Saltam à vista alguns nomes, Youssuf Mulumbu (West Brom) é o capitão, Dieumerci Mbokani (Dínamo Kiev) o goleador com o factor-X que não jogou a qualificação devido a uma lesão no joelho, o extremo Yannick Bolasie (Crystal Palace) e uma novidade chamada Parfait Mandanda, guarda-redes do Charleroi e irmão de Steve, dono da baliza do Marselha. A maioria do plantel baseia-se nos dois principais clubes do país, o TP Mazembe (bicampeão da Champions de África em 2009 e 2010) e o AS Vita (finalista em 2014), clube de onde chega o
selecionador Florent Ibengé.

Para esta CAN só se apurou por pouco, sendo a melhor terceira classificada num grupo duro com Camarões e Costa do Marfim provando que é uma equipa combativa e com muito talento por descobrir. De referir que na selecção do Congo joga o lateral-direito da Académica Oualembo. Interessante será ver como está a Zâmbia, que tem sido trabalhada por Honour Janza, responsável por lançar novos talentos que vieram revitalizar uma equipa que terminou um ciclo ao vencer a CAN 2012. Desse título resiste um terço da seleção (seriam mais se o defesa Nyambe Mulenga não tivesse partido a perna em dezembro num acidente a caminho de um estágio da seleção), mas a transição nota-se na ausência do capitão de 2012 e melhor jogador desse torneio, Chris Katongo. Há muita juventude e vontade de ver se neste âmbito competitivo a equipa é capaz de responder afirmativamente. Os principais destaques são o avançado Patrick Ngoma (Red Arrows), os médios Spencer Sautu (Green Eagles) e Bruce Musakanya (Red Arrows), além dos já exportados Lubambo Musonda (Ulisses – Arménia), Mukuka Mulenga (Bloemfontein Celtic – África do Sul), Nathan Sinkala (Grasshopper), Stopilla Sunzu (trocou o Sochaux pelo Shanghai Shenhua há dias) e Emmanuel Mayuka (Southampton).

O grupo C, o grupo da «morte», um dos mais fortes do torneio, é constituido pelo Gana, Argélia de Slimani do Sporting e Brahimi do FC PortoÁfrica do Sul e Senegal. O jogador do Sporting, Islam Slimani, afirma, «é o grupo mais difícil mas não se pode esperar jogos fáceis nesta fase. Para conseguirmos uma boa prestação temos de vencer as melhores equipas». Os favoritos são o Gana, treinada por Avram Grant e a Argélia que depois de um bom Mundial e em que se qualificaram para os oitavos de final só perderam 2-1 no prolongamento com a campeã Alemanha. A selecção Norte-Africana é a mais bem classificada do ranking da FIFA em 15º lugar. Christian Gourcuff, ex-técnico do Lorient e pai de Yohan Gourcuff (internacional francês do Lyon), foi o escolhido para suceder a Vahid Halilhodzic no comando da selecção. Brahimi, jogador do FC Porto, espelha o seu optimismo, «acredito que teremos uma palavra a dizer no CAN». Junta-se o Senegal de Papiss Cissé do Newcastle que há bem pouco tempo marcou dois golos ao Chelsea de José Mourinho, embora Demba Ba, antigo jogador do Chelsea não tenha sido convocado.

Devido a essa não-concocatória disse, «mal posso esperar para ouvir as explicações dele e destruí-las, uma por uma». O país regressa após falhar 2013, agora pela mão de Alain Giresse (eliminado nos grupos com o Gabão em 2010 e terceiro em 2012 com o Mali). A nova fase não está isenta de polémica, já que o goleador em forma Demba Ba (Besiktas) ficou fora da convocatória, mas o forte contingente da Premier League constituido por Papiss Cissé (Newcastle), Sadio Mane (Southampton), Diafra Sakho (West Ham) e Mame Birame Diouf (Stoke) coloca o Senegal numa segunda linha de candidatos. No entanto em 2012 perdeu os três jogos na Guiné Equatorial. O Gana que fez um jogo de treino frente ao Olhanense e venceu por 3-0 com golos de Christian Atsu, que já representou o FC Porto, Kwesi Appiah e Jordan Ayew. Só em em finais de novembro anunciou Avram Grant (ex-Chelsea) para o lugar de Kwesi Appiah. O israelita confirmou na pré-convocatória o afastamento de Kevin-Prince Boateng e Sulley Muntari elementos que perturbaram a campanha falhada no Mundial do Brasil. Equipa estável nos últimos anos, o Gana vem de um Mundial para esquecer e cheio de problemas disciplinares, mas continua a ter uma equipa forte e capaz de esmagar o Egipto 6-1 no apuramento para o Brasil e já em território canarinho empatar 2-2 com a futura campeã Alemanha.

Para recuperar a confiança conta com a capacidade goleadora de Asamoah Gyan (Al Ain) e a liderança do vice-capitão Andre Ayew (Marselha), mas jovens talentos como Christian Atsu (Everton) e Frank Acheampong (Anderlecht) podem fazer a diferença. Baixa de peso é a do canhoto Kwadwo Asamoah, da Juventus, que foi operado a um joelho e vai falhar a CAN, enquanto Michael Essien (AC Milan) foi deixado de fora por opção técnica. Por terem sido os carrascos da Nigéria e pelo sorteio os ter colocado no grupo da «morte», a África do Sul obriga-nos a olhar em profundidade para o grupo C. Apenas com um título no palmarés, em 1996, os «Bafana Bafana» cometeram a proeza de negar o apuramento aos nigerianos na última jornada graças a dois golos de Tokelo Rantie (2-2 foi o resultado final) e só isso já os coloca no radar dos potenciais candidatos a vencer, embora de momento o suspense seja grande para saber se o avançado do Bournemouth (4 golos no apuramento) vai recuperar de uma lesão no ombro, o que podem aumentar/diminuir as expectativas dos sul-africanos, que vêm de organizar a última CAN onde caíram nos quartos, nos penáltis, frente ao Mali. No lote chamado para o torneio nota para a não convocação do talentoso médio do Ajax, Thulani Serero, por opção técnica. O melhor marcador da equipa é o avançado Bernard Parker com 23 golos. Das quatro equipas apenas o Senegal nunca foi campeão africano. O Gana venceu por quatro vezes, 1963, 65, 78 e 82, a África do Sul venceu em 1996 e a Argélia ganhou em 1990.

A Costa do Marfim, Mali, Camarões e Guiné-Conacri do jogador do Nacional Boubacar estam no grupo D. Os Camarões do portista Aboubakar e a Costa do Marfim de Yaya Touré são as principais favoritas a passar mas o Mali, que ficou em terceiro na última edição, de Keita (antigo jogador do Barcelona e actual da Roma) e a Guiné-Conacri também são equipas a ter em conta. No entanto a Federação de Futebol da Costa do Marfim mostrou descontentamento pelo governo do seu país ter disponibilizado 310 milhões de francos (à volta de 473 mil euros), para o Campeonato Africano de Nações, «não podemos ir à CAN com esta quantia. Já transmitimos e justificámos os gastos que teremos», declarou Sory Diabaté, vice-presidente da Federação. Na edição de 2013, na Áfica do Sul, a selecção gastou 2,7 mil milhões de francos (cerca de 4,1 milhões de euros). Didier Drogba confirmou mesmo o adeus à seleção, enquanto Kolo Touré adiou o adeus para depois da CAN, completando 14 anos de equipa nacional.

Outra  novidade foi a chegada do homem que em 2012 roubou o título aos «Elefantes», Hervé Renard. O técnico campeão pela Zâmbia ainda não produziu os efeitos desejados, basta recordar que na jornada final do apuramento a equipa fez anti-jogo para conservar um 0-0 em casa perante os Camarões quando jogavam com mais um homem. Yaya Touré (Man. City), melhor jogador africano nos últimos três anos e vencedor novamente do prémio, voltará a liderar a seleção e para isso conta com novos craques como o lateral Serge Aurier (PSG) e os goleadores Wilfred Bony (Manchester City) e Seydou Doumbia (CSKA Moscovo). Numa convocatória marfinense que é dominada por jogadores que jogam no campeonato francês, sete no total.

Na selecção dos Camarões nota para as ausências de Alex Song, jogador do West ham, Assou-Ekotto do Tottenham, Aurélien Chedjou do Galatasaray e a estrela Samuel Eto'o que se retirou do plano internacional. Alex Song que deixou a selecção disse, «o meu amor pelo meu país nunca mudará, mas quero ter o tempo necessário para concentrar-me no West Ham. Desejo o melhor para os Camarões. A selecção estará sempre no meu coração». Do Mundial só oito jogadores sobrevivem na lista dos 27 pré-convocados por Volker Finke, que se manteve no cargo. Esta edição da CAN é marcada por ser a primeira após a retirada internacional de Samuel Eto’o, pelo que figuras como Stéphane Mbia (Sevilha), Nicolas N’Koulou (Marselha) e Eric Choupo-Moting (Schalke) serão fundamentais para guiar jovens talentos como Vincent Aboubakar (FC Porto que concretizou quatro golos no apuramento) e Clinton N'Jie (Lyon com três golos no apuramento). Poderá ainda haver outro nome da Liga portuguesa, já que Edgar Salli da Académica, emprestado pelo Mónaco, foi chamado.

Quanto às alternativas deste grupo, começamos pelo eterno Mali de Seydou Keita, médio que vai para a sétima CAN. Sem terem uma super estrela do tipo Drogba ou Eto’o, as Águias souberam-se deixar guiar pela espiritualidade e capacidade de trabalho de Keita para finalizarem as duas últimas Taças das Nações no terceiro lugar. A ideia de jogo mantém-se mas o ataque costuma ser letal graças a matadores como Cheick Diabaté (Bordéus) e Bakary Sako (Wolverhampton). Contam-se dois regressos surpreendentes para a fase final, os médios Abdou Traore (Bordéus) e Modibo Maiga (Metz), que não jogaram o apuramento. Concretamente o jogador Maiga terá a oportunidade de regressar ao país onde contraiu malária aquando da edição da CAN 2012.

A surpreendente Guiné Conacri, que fez um apuramento fantástico tendo em conta que devido a ser um dos países gravemente afetados pelo vírus Ebola teve que jogar sempre fora de casa, em Marrocos, e mesmo assim conseguiu ser segunda atrás do Gana (Uganda e Togo foram eliminados). O bilhete para a CAN foi tirado na última jornada graças à vitória sobre o Uganda com golos de dois dos destaques da equipa, Seydouba Soumah (Slovan Bratislava com 5 golos no apuramento) e Ibrahima Traoré (Borussia Monchengladbach , 2 golos no apuramento). Vai ser interessante ver que papel está reservado ao médio Boubacar e ao ex-AC Milan Kevin Constant (atualmente no Trabzonspor), que não jogou a qualificação e se tinha excluído da selecção, mas foi repescado pelo técnico Michel Dussuyer. Quem não teve a mesma sorte foi Lass Bangoura (Rayo Vallecano), que em outubro se recusou a jogar o apuramento por medo de contrair o Ébola. Outra ausência é a de Ismael Bangoura, que preferiu ficar no Nantes.

A CAN era para ser organizada por Marrocos mas o pais alegou que poderia acontecer um surto de ébola, que soa a desculpa pois presume-se que terá desistido da organização do CAN-2015 para evitar que a selecção da Argélia, com que os marroquinos têm um diferendo por causa do Saara, pudesse ganhar o Campeonato e levantar a taça em Marrocos. Também se especula que terá querido evitar manifestações independentistas a favor da criação da República Árabe Saaraui Democrática no Saara Ocidental, pela Frente Polisário. A epidemia do Ébola seria, afinal, só uma desculpa para Marrocos descartar aquilo que poderia ser um problema político que não quererá enfrentar. E por isso foi excluido de participar nas próximas duas edições e vai pagar uma multa na ordem dos 16 milhões de euros.

Embora Angola não se tenha qualificado, vai ter três representantes, o árbitro Jerson dos Santos, Rui Costa, antigo membro do Conselho Técnico da Federação Angolana de Futebol (FAF) e João Lusevikuenu, actual vogal e porta-voz da instituição. Facto curioso é a organização da CAN ter começado em Portugal no ano de 1956, em que responsáveis do Egipto, Sudão, Etópia e África do Sul resolveram se juntar para organizar a primeira CAN. A nação que venceu mais vezes foi o Egipto, o pais do norte de África ganhou por sete vezes, seguido pelo Gana que ganhou quatro tal como os Camarões. A última edição em 2013 foi vencida pela Nigéria que não se qualificou pois ficou no terceiro lugar do seu grupo de acesso em que se qualificaram a África do Sul e o Congo.

Confira todos os vencedores da CAN:

Edição            Vencedor    

CAN 2013    Nigéria
CAN 2012    Zâmbia
CAN 2010    Egipto
CAN 2008    Egipto
CAN 2006    Egipto
CAN 2004    Tunísia
CAN 2002    Camarões
CAN 2000    Camarões
CAN 1998    Egito
CAN 1996    África do Sul
CAN 1994    Nigéria
CAN 1992    Costa do Marfim
CAN 1990    Argélia
CAN 1988    Camarões
CAN 1986    Egipto
CAN 1984    Camarões
CAN 1982    Gana
CAN 1980    Nigéria
CAN 1978    Gana
CAN 1976    Marrocos
CAN 1974    Zaire
CAN 1972    Congo
CAN 1970    Sudão
CAN 1968    Rep.Dem. do Congo
CAN 1965    Gana
CAN 1963    Gana
CAN 1962    Etiópia
CAN 1959    Egipto
CAN 1957    Egipto