A meta foi ontem traçada por Luis Figo: em Maio, nas eleições para a presidência da FIFA, o ex-internacional português concorrerá contra Joseph Blatter, na tentativa de se tornar o máximo responsável pelo organismo que tutela o futebol mundial.

A candidatura do jogador mais internacional de sempre por Portugal foi ontem anunciada; o objectivo de Figo é o de dar mais transparência a uma instituição que tem visto a sua imagem degradar-se ao longo dos últimos anos. «O Futebol merece melhor», considerou o antigo extremo de classe mundial.

A favor de uma maior «solidariedade» e de uma política de actuação baseada na recuperação da reputação do organismo, Figo considerou ter chegado o momento ideal para lançar-se ao desafio de merecer a confiança dos agentes desportivos de todo o mundo.

«Preocupo-me com o futebol e o que vejo quanto à imagem da FIFA – não só agora mas nos últimos anos – não me agrada», afirmou, em declarações ao canal televisivo norte-americano CNN. «Se procuramos por FIFA na Internet a primeira palavra que surge é escândalo e não palavras positivas. É isso que temos que mudar em primeiro lugar e tentar melhorar a imagem da FIFA», explicou o antigo melhor jogador do mundo do ano 2000.

Figo tem o suporte e apoio de cinco federações, requisito primordial para viabilizar a candidatura. Entre elas está a Federação Portuguesa de Futebol, presidida por Fernando Gomes, que já expressou o total apoio à decisão do antigo craque de Sporting, Barcelona, Real Madrid e Inter.

Na corrida contra Blatter estão quatro figuras: Jêrome Champagne, David Ginola (antigo jogador de Newcastle, Tottenham e Aston Villa), Machel van Praag e Ali Bin Al-Hussein (actual vice-presidente da FIFA).