Na conferência de imprensa de antevisão do jogo desta noite, Lopetegui relembrara a importância que teria, para o futebol português, uma eventual presença do FC Porto entre as oito melhores equipas da europa, dando aos seus jogadores uma mensagem clara de responsabilidade .

Classe de Brahimi serenou Dragão

Numa noite em que tanto está em jogo, mais que nunca, uma equipa verdadeiramente vecedora tem de entrar em campo com grande autoridade e personalidade e foi com apenas 10 minutos de jogo que Brahimi, esse virtuoso que encantou os adeptos portistas durante a primeira fase da prova milionário mas que, desde que regressara da CAN, nunca mais se exibira ao mesmo nível, marcou o primeiro golo numa execução sublime de um livre directo à entrada da área (já tinha marcado golos parecidos contra o Lille e BATE Borisov).

Este golo serenou as hostes portistas e perimitiram ao FC Porto gerir a primeira parte de forma mais ou menos tranquila, com Casemiro a destacar-se muito no capítulo da recuperação, talvez o médio do Real Madrid mereça memso ser considerado o homem do jogo. Na verdade, todo o meio campo do FC Porto funcionou muito bem, num jogo em que Óliver Torres já se sentou no banco de suplentes. A discusssão acerca do meio-campo portista está novamente lançada; se é verdade que o médio espahol se estiver em condições, consegue levar o futebol da sua equipa a outras dimensões, não é menos verdade que Evandro tem mostrado estar à altura da constelação que é este plantel dos azuis-e-brancos.

Lesão de Danilo obrigou Lopetegui a mexer na equipa

A primeira parte fica ainda marcada por um momento que podia ter influenciado muito o jogo e que influncia, claramente o que são as abordagens do FC Porto aos próximos jogos. Aos 22 minutos, Danilo, o defesa direito da moda no futebol europeu, na sequência de um choque com Fabiano, é obrigado a sair de maca obrigando Lopetegui, que não tinha Ricardo Pereira no banco, a improvisar uma solução. Quando se percebeu que Martins Indi seria chamado a jogo muita era a expectativa para perceber de que forma Lopetegui reformularia a defesa.

A aposta do basco não era a mais provável mas revelou-se de uma eficácia extrema. Maicon era porventura, dos jogadores em campo, aquele que mais rotinas tem a desfesa direito mas decidido a não desfazer a dupla de centrais que tanto sucesso tem tido no passado recente, Julen Lopetegui colocou Martins Indi a defesa esquerdo e adaptou Alex Sandro à direita (esta alteração obrigou o FC Porto a mexer em duas posições, quando Martins Indi podia ter entrado diretamente para a direita, algo que fez, por exemplo, contra o Sporting). A resposta dada pelo lateral brasileiro a um contexto completamente novo para si foi muito boa e Alex Sandro partiu para uma exibição seguríssma quer no capítulo defensivo, quer no capítulo ofensivo.

O resto dos primeiros 45 minutos decorreria de forma tranquila para os azuis-e-brancos e, à saída para o intervalo, era ao Basileia que se exigia mais. Os suiços entrariam na segunda parte sabendo que precisavam de um golo para empatar a eliminatória e adivinha-se um segundo tempo competitivo, sendo que os dragões viam o objetivo dos quartos-de-final cada vez mais perto.

Herrera & Casemiro: a ascensão do meio-campo

Ainda com as palavras de Paulo Sousa ao intervalo bem presentes no pensamento, os jogadores do Basileia viram o FC Porto aumentar a vantagem para 2-0 no momento em que mais lhes convinha. Aos 47 minutos, Herrera conclui com classe uma boa jogada de entendimento com Brahimi, num golpe muito rude para uma equipa do Basileia que começava a ver as suas hipóteses na Liga dos Campeões evaporarem-se numa noite que começava a ter tudo para ser mágica para o FC Porto. Apenas 10 minutos depois e ainda sem que Paulo Sousa tivesse reagido, tornando a sua equipa mais ofensiva, Casemiro, novamente num grande livre direto, fazia o 3-0 com ainda cerca de meia hora para jogar. KO para o Basileia, no resto do tempo os uiços concentraram-se apenas em conter os danos perante um FC Porto claramente melhor e que não facilitou um milímetro, tendo oferecido aos seus adeptos uma noite da qual devem seguramente estar orgulhosos.

Aboubakar fechou a noite com mais um golaço

Numa fase da época em que todos os jogos, de todas as competições são vitais, Julen Lopetegui pediu aos seus jogadores que gerissem o ritmo do jogo e a verdade é que se percebeu que nunca o Basileia conseguiria importunar os dragões, que tiveram ainda tempo de inscrever Aboubakar na lista dos marcadores (mais um grande golo no Dragão), partindo assim o camaronês para o seu momento da época com os níveis de confiança nos píncaros.

Fim do jogo e confirmação da passagem do FC Porto aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Os dragões garantem uma posição muito meritória para uma equipa portuguesa e provaram que, mesmo na fase a eliminar, têm equipa e personalidade de Champions. Novos desafios surgem agora à aramada espanhola de Lopetegui que atacam uma fase da época em que a pressão é cada vez maior sem os seus capitães e grandes figuras Jackson Martinez e Danilo, isto para não falar da ausência de Marcano, por acumulação de amarelos, da primeira mão dos quartos-de-final da Champions.

É verdade que já se viu qu, no plantel portista abunda qualidade, mas ainda assim é um grande teste para qualquer equipa ver-se obrigado a discutir grandes ambições sem os dois jogadores que mais se têm destacado na temporada, conseguirá o FC Porto responder a mais estas adversidades?