Furioso. É a única palavra para descrever a posição de Toto Wolff, chefe da Mercedes. Depois das criticas de Christian Horner, o director da Red Bull, no final do GP da Austrália e da ameaça de abandono do desporto, Wolff ripostou.

«Existe uma parede em Jerusalém, talvez seja melhor eles irem lá»

Toto Wolff começou por abordar as questões dos jornalistas, regressando ao passado, quando a sua equipa estava em desvantagem para a Red Bull, dizendo que a ninguém da Mercedes «chorou» depois da primeira prova do ano. 

A Red Bull quer que a FIA torne a F1 mais equilibrada, mas Wolff respondeu assim: «Se tentamos bater-nos uns aos outros, competindo ao mais alto nível e depois da primeira corrida, gritamos bem alto que precisamos de equilibrio. Não foi assim que fizemos as coisas no passado.»

O austríaco ainda foi mais longe. «Eu penso assim: coloquem as ideias no sítio, trabalhem muito e tentem resolver os vossos problemas», mas não com estas palavras. Wolff utilizou uma palavra menos própria («f****** head down») e teve que assinalar que não pretendia insultar ninguém.

«Época política»

Segundo Toto Wolff, esta época será política, tal como foi a época passada. Quer isto dizer, que haverá pressões fora de pista vindas de várias direcções. 

Dentro de pista, onde mais interessa, Wolff acredita que a Scuderia Ferrari deu passos importantes e que poderá chegar-se mais à Mercedes, assim como a Williams, lembrando ainda que «esta foi a primeira de 20 corridas. Vamos ver o que acontece na Malásia.»

Niki Lauda de acordo com Wolff

Para o presidente não executivo da Mercedes e lenda da F1, Niki Lauda, «aqueles que continuamente criticam, não têm ideia do que estão a dizer», ainda afirmando que «estamos aqui todos, para trazer ao desporto o melhor da inovação tecnológica, o melhor motor, os melhores pilotos e tentar vencer o Grande Prémio. Este é o objectivo da Fórmula 1. Se outros estão no desporto por outros motivos, eles não sabem o que dizem.» 

Claramente foram críticas duras para Bernie Ecclestone e Horner, que é dado como um possível substituto do todo-o-poderoso Ecclestone. 

Lauda questionou se o pódio da Ferrari era mau para o categoria rainha do desporto motorizado, lembrando que todas as críticas vinham da Red Bull, isto porque estavam «chateados» com o seu motor. 

Brincadeiras entre pilotos

A F1 é um desporto completo, com muita política envolvida, gestão financeira, segredos sobre inovações e muitas meias palavras nos discursos. Mas dentro de pista e entre os pilotos, muitas vezes os egos confrontam-se, dando origem a problemas. O que não foi o caso entre Nico Rosberg e Sebastian Vettel, que na conferência de imprensa tiverem uma conversa animada e "picaram-se" um ao outro. Isto porque a Ferrari está mais forte e Vettel muito confiante na equipa, mas Roberg tratou logo de baixar a confiança do compatriota, argumentado como a Mercedes está forte.

Nas redes sociais, Rosberg convidou Vettel para se juntar à Mercedes, no debrief de Sexta-feira, já na Malásia. Brincadeiras de que os fãs vão gostando, ao invés do que se passa à volta dos pilotos.