As deslocações ainda são a prova de força para este Benfica que se adivinha campeão. Sendo que no Estádio da Luz, a equipa tem dado mostras de recente invencibilidade, já em terrenos rivais a equação têm-se mostrado mais difícil de resolver. Frente ao Moreirense e, mais recentemente, em Arouca, o Benfica teve de dar a volta ao jogo no segundo tempo, para voltar para Lisboa com os 3 pontos. Hoje, em Vila do Conde, o adversário apregoa-se moralizado, após a última vitória na prova, frente ao Penafiel.

Para superar, na perspectiva dos da casa, será a mancha encarnada que promete encher as bancadas do Estádio dos Arcos, no movimento de adeptos do Benfica que começa a vislumbrar, de mais perto, o título. Jorge Jesus não foi imune a este facto e deixou, durante a antevisão do encontro, várias referências à união entre o seu plantel e os seus adeptos: «Vamos ter casa cheia. É o habitual, quando Benfica se desloca, normalmente lota os estádios. Nestes últimos jogos tem sido assim, é a onda vermelha. É importante para qualquer clube, os jogadores sentem a confiança dos adeptos, sentem que estão ali com o objectivo de ganhar e dar uma felicidade aos adeptos para continuarmos na nossa caminhada».

Viagem de estreia para Jonathan Rodriguez

À habitual lista de convocados do treinador encarnado, junta-se, pela primeira vez, o avançado uruguaio Jonathan Rodriguez, que, até então, só tem tido oportunidade de se mostrar na equipa B. Contratado em Janeiro, o uruguaio foi titular quatro vezes na equipa secundária, mas dando boas indicações de valor: marcou, em todas as partidas, um total de 6 tentos. Na última partida pela equipa B, Rodríguez efectuou um «hat-trick».

Em perspectiva contrária, fica em Lisboa Nico Gaitán, que se encontra a cumprir castigo e cuja posição deverá ceder a Ola John, habitual substituto do argentino durante o seu período de ausência por lesão. César também se encontra arredado de qualquer deslocação, lesionado.

Pedro Martins dá o mote: «Nem sempre o favorito vence»

Este é o mote de Pedro Martins, técnico do Rio Ave, na recepção ao líder da prova. Apesar das duas derrotas frente ao Benfica por esta época (para o campeonato e na Supertaça), o plantel vila-condense mostra-se confiante para o jogo de logo: «O Benfica é um candidato ao título, mas no futebol nem sempre o favorito vence. Sabemos que temos menos probabilidades de ganhar, vamos agarrar as que temos com ‘unhas e dentes», adiantou o técnico.

E, em jeito de prova de que a mensagem de confiança é bem recebida no seu seio, o central brasileiro Marcelo também largou palavras de confiança durante a antevisão da partida: «Se estivermos concentrados e fizermos bem o nosso trabalho eles terão muitas dificuldades. (…) Quando entramos em campo concentramo-nos apenas no jogo. Sabemos que o Benfica tem a maior falange de apoio em Portugal, mas para nós é indiferente, o importante é o que temos de fazer».

Com o encontro de logo, as duas equipas completam o seu 50ª jogo como rivais, sendo que que a vitória só sorriu a Vila do Conde num trio de vezes. Como bom presságio para os encarnados, regista-se que a última vez que foram derrotados no Estádio dos Arcos, há dez anos, o Benfica foi campeão, pela mão de Trapattoni, e já um jovem Luisão figurava no elenco. Luisão, que hoje se prepara para vestir a camisola pelo jogo 450.

Miguelito, lateral à data a militar nos vilacondenses, marcou, aos 90 minutos, o golo que derrotou, nos Arcos, o Benfica, que viria a sagrar-se campeão nessa temporada - o jogador viria, mais tarde a representar as cores do Benfica.

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