Foi no primeiro dia de Março, que Montero fez a sua última aparição no onze do Sporting ao ser titular no clássico frente ao FC Porto. O camisola dez dos leões saiu a meia hora do fim, dando lugar a Slimani e desde aí não mais voltou a ser utilizado por Marco Silva. De facto esta é uma realidade que já não é nova para o jogador colombiano, pois esta temporada já por oito ocasiões viu os jogos do banco de suplentes.

Se o facto de perder a titularidade para Slimani até pode ser compreensível dadas as características do argelino, levar a que muitas bolas sejam cruzadas para a área na procura do seu jogo aéreo, perder o estatuto de segunda opção para Tanaka é algo com que Montero certamente não contava e que já faz levantar a hipótese de uma possível saída no final da época. Mais ainda se levarmos em conta a situação no minímo estranha, que aconteceu no encontro com o Marítimo onde o colombiano fazia os exercícios de aquecimento, e quem acabou por entrar na partida foi precisamente o nipónico que estava sentado no banco.

Os números não mentem e quando comparamos a utilização de Montero na última temporada com a actual, as diferenças são bem significativas. No que toca ao campeonato, «El Avioncito» não falhou um único desafio e a única vez em que não participou numa partida dos leões foi diante do Marítimo na terceira jornada da fase de grupos da Taça da Liga. Foi suplente utilizado em oito encontros e só por cinco vezes não alinhou os 90 minutos, tendo apontado treze golos.

Ora esta época apenas por seis vezes jogou todo o encontro, e doze foram as partidas em que foi substituído ou suplente utilizado. Leva vinte desafios jogados na Liga, onde marcou sete golos. É preciso recuar a 25 de Janeiro para encontrarmos um jogo em que Montero participou durante os 90 minutos, foi frente à Académica na primeira jornada da segunda volta do campeonato.

A última vez que festejou um golo já data de quase dois meses, a 1 de Fevereiro no triunfo do Sporting por 1-3 sobre o Arouca. Os factores que levaram a este subito desaparecimento de Montero só Marco Silva os saberá. O certo é que o colombiano apesar de não possuir a mesma capacidade no jogo aéreo que Slimani, é de longe dos três avançados que o plantel leonino dispõe, aquele que é mais evoluido a nível técnico.

O certo é que esta ausência em nada beneficia, Montero e o Sporting no caso de uma possível venda no fim da temporada, pois o jogador vai desvalorizar e o encaixe financeiro (leões pedem 10 milhões), poderá ser menor do que o esperado. Resta esperar pelos desafios que se avizinham para saber se o colombiano continua a ser relegado para o banco, ou volta à equipa.