Vitória de Setúbal e Sporting defrontaram-se esta noite numa partida que ditou a vitória dos leões, por 1-2. Em partida a contar para a Liga NOS, o Sporting entrou em campo sem William, Slimani (que entraram numa fase tardia do jogo) e Nani, substituídos por Rossell, Mané e Tanaka. Destaque também para a ausência de Cedric, que nem parte da lista dos convocados fez, tendo o técnico leonino substituído o lateral direito por Miguel Lopes, que parece ter conquistado o lugar. Já o Vitória só contava com a ausência do castigado François, prontamente substituído por Miguel Lourenço.

Numa partida bem disputada até ao final, onde no entanto faltaram ocasiões de golo, destaque para Miguel Lopes e Suk como dois dos jogadores que mais se destacaram ao longo de todos os 90 minutos.

Primeira parte: domínio leonino

A bola saiu para o Setúbal, que deteve o domínio nos momentos iniciais de jogo. Apesar de ser o Sporting que, aos 2 minutos, atacou pela primeira vez a baliza sadina, num remate de Mané que saiu pela linha de fundo, foi mesmo o Setúbal que, através de João Schmidt, atirou na área dos leões para uma defesa de Rui Patrício, passava-se o 7º minuto de jogo. Pouco depois era Zequinha que, após uma boa jogada da sua equipa, rematou à baliza de Rui Patrício, mas sem concretizar. Ainda assim, e apesar de uma melhor entrada da equipa da casa, a melhor oportunidade dos minutos iniciais foi mesmo a favor dos leões que, aos 12 minutos, se situaram em massa na área sadina, com João Mário a atirar para uma excelente defesa de Lukas Raeder, uma das figuras de destaque nos 45 minutos iniciais. Certo é que o Vitória entrava em força e a tentar encontrar espaços nas costas dos laterais Jefferson e Miguel Lopes, e com Zequinha e Advíncula a criarem calafrios ao último reduto de Alvalade.

Pouco depois João Mário voltou a aparecer, rematando à figura do guarda-redes adversário. Era o início da conquista da superioridade pelo Sporting, que se tornava mais pressionante e demonstrava mais equilibrado, conquistando mais posse de bola. Emergiam os talentos de Miguel Lopes e Mané, em grande plano na lateral direita.Ainda assim, com um jogo muito jogado a meio-campo, o perigo tardava em surgir, apesar das inúmeras tentativas dos leões – destaque para Paulo Oliveira que, aos 29’, cabeceava para um desvio inteligente de Raeder para a barra, para logo de seguida segurar a bola naquela que foi a jogada mais perigosa do adversário na primeira meia hora de jogo.

Foi mesmo ao minuto 39 que um dos mais promissores jogadores do Sporting, Carlos Mané, brilhou em Setúbal. Depois de um centro de Miguel Lopes, Carlos Mané não hesitou em cabecear para o segundo poste, não oferecendo qualquer hipótese de defesa a Lukas Raeder, que viu a bola passar. A partir daí, motivação não faltou ao último reduto de Alvalade, que pouco tardou a fazer o 2º golo, com o fim da 1ª parte a pouco de chegar: parte da culpa atribui-se a Frederico Venâncio que, através de um corte defeituoso, deixou a bola sobrar para Tanaka a quem eficácia não faltou, fazendo o segundo dos leões.

Ainda em final da primeira parte Tanaka voltou a ameaçar, com Mané a assistir, mas Raeder chegou primeiro e impediu uma vantagem mais confortável para o adversário. O Sporting chegava ao intervalo a vencer com alguma justiça, numa primeira parte bem disputada e com dinâmica de parte a parte, ainda que com destaque acrescido para os leões que souberam ganhar o miolo gradualmente.

2ª parte de sofrimento: golo de Suk não foi o suficiente

Após um final de primeira parte onde os leões pareciam deter o controle, a 2ª parte verificou-se muito complicada para os comandados de Marco Silva que, logo ao minuto 46, encontrou um Setúbal mais forte que não hesitou em reduzir a vantagem, com Suk a fazer o gosto ao pé. O coreano levou a cabo uma jogada espetacular onde, depois de fintar Paulo Oliveira, repetiu a proeza com Rui Patrício mesmo à boca da baliza, encostando na finalização de uma jogada de excelente futebol. Estava relançado o Vitória no jogo, onde procurou arduamente o empate ao longo de toda a segunda parte.

Não contente com uma vantagem tão débil, o Sporting também não deixou de insistir. Destaque para Rossel, que aos 52’ rematou à figura do guardião sadino, bem como para Ewerton que 3 minutos depois, na sequência de um canto de Adrien, rematou à baliza de Raeder, tendo saído o remate ao lado. Em contrapartida, o Vitória apresentava-se mais atacante e aos 61 minutos Paulo Tavares podia ter marcado, não fosse o seu remate torto. Na sequência, um desentendimento entre Frederico Venâncio e Ewerton levou à sanção de cartão amarelo para ambos, tendo o central do Vitória de Setúbal recebido o 2º da partida, o que resultou na sua expulsão.

O Vitória de Setúbal parecia fragilizado por ter menos um mas pouco demorou até se encontrar de novo em condições de igualdade com o adversário – por fazer falta ao adversário também Ewerton viu o 2º amarelo, naquela que é uma sanção algo duvidosa. Ainda assim, o central leonino foi expulso e ambas as equipas ficaram com 10 elementos, igualdade que o Setúbal não hesitou em tentar aproveitar: na sequência da falta, Schmidt rematou em força, mas não foi o suficiente para mexer com as redes de Rui Patrício.

Destaque ainda para Carrillo que, aos 72’, esteve muito perto de oferecer uma vantagem mais confortável ao Sporting. O peruano quase fez ao gosto ao pé com um verdadeiro tiro apontado às redes adversárias, para uma excelente defesa de Raeder. Do resto da partida, só é de realçar tentativas frouxas de Advíncula e Rosell, que em nada resultaram, bem como o último lance da partida onde Lupeta, no derradeiro minuto, poderia ter dado o empate à sua equipa.

O segundo tempo fica então marcado por uma entrada frenética do Vitória, a começar a todo o gás, com o Sporting a acomodar-se de alguma forma na vantagem, permitindo ao adversário criar mais perigo do que no primeiro bloco de jogo. Certo é que, com os 90 minutos terminados, a vitória a favor dos leões parecia mesmo o resultado mais justo na globalidade da partida.

Contas feitas, o Sporting mantém a vantagem confortável que detinha relativamente ao Braga, de 7 pontos, apresentando-se consolidado na 3ª posição com 60 pontos conquistados. Já o Setúbal fica apenas com 6 pontos acima da linha de água (25 pontos reunidos), tendo de efetuar um esforço nas próximas jornadas para conquistar pontos – caso contrário, a despromoção poderá mesmo vir a ser uma realidade. 

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