A Juventus recebeu esta noite o Mónaco na primeira-mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Lado a lado estiveram duas equipas consideradas como as «surpresas» desta fase, já que era pouco provável que, ao ínicio muitos pensassem que Mónaco e Juventus ainda estariam em prova nesta fase. Se uma delas geneticamente italiana, a outra apresenta também uma dinâmica de um jogo «à la Italiana», pelo que se esperava um jogo pouco intenso, cauteloso mas sobretudo equilibrado. A vitória acabou por sair à equipa da casa graças a um golo de penálti marcado pélo chileno Arturo Vidal. Como seria de esperar, o jogo foi decidido pelos pequenos detalhes.

Ainda não foi desta que Juventus perdeu com equipas francesas

As equipas entraram neste jogo para disputir a eliminatória mas também para disputar alguns dados - O Mónaco nunca tinha realizado o feita de ganhar a equipas italianas, enquanto que a Juventus nunca havida perdido em casa com equipas francesas, nem nunca fora eliminado por formações gaulesas. Ficou tudo na mesma, por agora - resta aos monegascos o desafio de surpreenderem a «Vecchia Signora» na segunda mão dos quartos-de-final.

Primeira parte: Entrada forte do Mónaco num jogo equilibrado

No primeiro tempo surgiu um Mónaco forte: o conjunto de Leonardo Jardim surpreendeu a Juventus ao apresentar-se com um bloco médio-baixo com constantes trocas posicionais. A equipa italiana, sobretudo na sua defesa, ficava confundida e ia perdendo constantemente as bolas no meio-campo, o que levava a ataques muito rápidos e perigosos do Mónaco, canalizados pelos flancos. O primeiro grande momento do jogo foi logo aos 9 minutos, com uma grande defesa de Gianluigi Buffon a remate de Ferreira-Carrasco após grande trabalho de Martial.

Passado um minuto, outra grande defesa do experiente guardião italiano a novo remate do extremo belga. A partir dos 20 minutos, a Juventus conseguiu recompor-se um pouco e logo equilibrar o jogo. Aos 26 minutos podiam ter mesmo marcado, mas, Tévez, falhou a finalização após um bom trabalho do médio argentino Pereyra.

O extremo Ferreira Carrasco falhou vários golos

Segunda parte: Papéis invertem-se mas Bernardo Silva dá espéctaculo

Na segunda parte, Bernardo Silva entrou para o lugar do lesionado Dirar e o jovem luso acabou por ser um dos destaques da partida. O português entrou solto e à vontade, a querer assumir a bola - espalhou magia em alguns momentos e mostrou potencial para mais. Aos 53 minutos teve uma grande oportunidade para marcar mas, mais uma vez, Buffon disse presente, com uma grande defesa.

Mesmo assim foi a Juventus que entrou melhor neste segundo tempo. Massimo Allegri deve ter dado um valente sermão aos seus jogadores e a equipa corrigiu os erros da primeira parte. Esta entrada forte valeu a pena, e aos 55 minutos, penalty assinalado a favor da equipa da casa. Ricardo Carvalho faz falta sobre o avançado espanhol Morata e o árbitro apontou para a marca dos onze metros.

Apesar da falta ter acontecido fora da área, a decisão aceita-se já que é de difícil análise. Mesmo assim ficou a faltar o cartão vermelho directo para o central internacional português que, após bloquear Morata (que seguia isolado) viu apenas o amarelo. Na conversão do castigo, Vidal não falhou. Guarda-redes para um lado, bola para o outro. Perfeito!

Arturo Vidal celebrando o único golo da partida

O Mónaco ainda reagiu com Kondogbia a impôr o seu poderio físico no meio-campo mas a Juventus, como é habitual, não tremeu na defesa, garantindo assim a vitória.

Mónaco vai ter lidar com a desvantagem como uma das melhores defesas da Europa

Está tudo em aberto mas a tarefa não vai ser nada fácil para a equipa monegasca. Tentaram supreender e entraram melhor na partida, até remataram mais que a Juventus, mas os monegascos terão que lidar com a desvantagem no segundo jogo e perseguir os golos. Leonardo Jardim já mostrou capacidade para supreender mas agora o caso é mais complexo pois vai defrontar uma das melhores defesas da Europa. Quem passará? Só o próximo duelo o dirá...