Um inequívoco sinal da baixa competitividade da Primeira Liga portuguesa, e, simultaneamente, um dado que reflecte a grande assimetria entre o topo da tabela classificativa e todo o restante pelotão do campeonato luso: doze das dezoito equipas do primeiro escalão têm um «goal average» negativo, passadas 31 jornadas.

Com a gigantesca porção dos golos marcados na Liga a ser detida pelos três grandes, Benfica (78 golos), FC Porto (69 golos) e Sporting (61 golos), dois terços das equipas que compõem o campeonato apresentam um claro défice de golos marcados, revelando indíces de concretização abaixo do número de tentos sofridos.

Exceptuando os primeiros cinco classificados (Benfica, Porto, Sporting, SC Braga e Vitória de Guimarães) e o oitavo colocado Rio Ave, todos os clubes da Liga foram incapazes, durante as 31 jornadas, de manter um «goal average» positivo, alguns deles chegando mesmo a ultrapassar a fasquia dos 20/30 negativos.

O Penafiel, que detém o pior rácio, marcou 27 tentos e sofreu uns embaraçosos 62, enquanto o Gil Vicente regista um «goal average» de -30, fruto de 24 golos marcados e 54 sofridos. As duas equipas, que enfrentam a mais que provável descida de divisão, são as piores defesas do campeonato.