Foi a grande noitica no mundo automóvel nos últimos dias. O Grupo Volkswagen, o 2º maior do mundo e o maior grupo europeu, que conta com 12 marcas na sua alçada como é o caso da Audi, Porsche, Bentley, Bugatti, Lamborghini, Scania, Seat, Skoda e um volume de negócios de 200 mil milhões de euros, sofreu uma mudança significativa nas suas chefias.

Ferdinand Piech, neto do fundador Ferdinand Porsche e que dominava as influências dentro do grupo perdeu o braço de ferro com Martin Winterkorn, antes considerado como o seu filho adoptivo e braço direito de Piech. Por não concordar com a estratégia usada por Winterkorn,  Piech tentou uma espécie de golpe de estado que não resultou. A maioria do grupo de accionistas estava a favor de Winterkorn e assim Piech viu a sua posição ficar deveras enfraquecida, abdicando da sua posição no conselho de administração, demissão essa que foi saudada por muitos accionistas e que levou até à subida de 5% nas acções do grupo.

Mas o que isto tudo tem a ver com a F1? Neste momento nada em concreto mas pode ser o passo que faltava para que o  grupo VW finalmente dê o passo há muito esperado de entrar na F1. Piech foi sempre contra a entrada da VW na F1 e essa posição manteve-se sempre de forma intransigente. Já WInterkorn é adepto do desporto motorizado e graças a ele o grupo VW está em força na F3, WRC e no WEC e DTM. Foi ele um dos  grandes impulsionadores da entrada do grupo nas competições motorizadas. Agora com a saída de Piech, que não tinha grande estima por Bernie Ecclestone, o grupo tem assim mais abertura para entrar na F1.

Isto seriam excelentes noticias para a modalidade. Depois da entrada da Honda, o surgimento de outra grande marca seria mais um balão de ar fresco para a F1 que precisa de mais marcas e mais competitividade. Os rumores apontam para que a parceria Red Bull/Renault acabe a médio prazo caso as vitórias não apareçam. E com os franceses a quererem ter uma equipa própria ou até mesmo sair da F1, a entrada do grupo VW pela Audi seria o passo que todos esperariam para voltar a dar mais força à F1 e uma aliança com a Red Bull seria do agrado de todos, ou até mesmo a compra da totalidade de uma equipa, começando um projecto do zero. Mas neste momento é pouco provável que isso aconteça e fontes dentro da Audi já disseram que para já isso não está nos planos com o DTM e o WEC a serem as prioridades da marca

Mas que ninguém se admire se a médio prazo a marca anuncie a entrada na F1. A nosso ver será mais uma questão de tempo. Com os motores híbridos e a experiencia que a audi tem no WEC seria um passo lógico para a marca. Mas neste momento tudo não passa de rumores e especulação.

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