Os grandes responsáveis pelo futebol israelita vão-se encontrar com Sepp Blatter, presidente da FIFA. Na Quarta-feira em Zurique haverá uma reunião em que os dirigentes da Federação Israelita vão tentar influenciar o organismo para que não leve em conta a queixa interposta pelos palestinianos. Se a FIFA suspender Israel, é o sucedido não será novo, pois em outras alturas a organização mundial do futebol vetou clubes e selecções de participar nas provas por ela organizada, por governos interferirem em questões das associações de futebol.

Neste momento Israel compete na fase de qualificação do Euro 2016 e os seus clubes juntam-se às provas europeias em Julho, na mesma altura que o país vai organizar o Campeonato Europeu de sub-19 feminino. A Associação Palestiniana de futebol queixa-se da falta de liberdade nas movimentações de jogadores entre Gaza e a parte ocupada pelo pais de raízes judias. Para a proposta palestiniana passar, será preciso uma percentagem de 75% votar a favor, do total de 209 países associados.

Em carta enviada a todos os membros, Ofer Eini, presidente da Federação de Israel, apelou à rejeição da proposta. «É uma argumentação que procura misturar política e desporto, algo completamente contrária à visão da FIFA». Jibril Rajoub, presidente da Federação de Futebol da Palestina, afirma que Israel «persegue continuadamente futebolistas e atletas palestinianos». Um clube israelita, o Beitar Jerusalém, recusa-se a contratar jogadores árabes e os seus adeptos são acusados de regularmente cantarem frases racistas, tendo inclusive já recebido processos disciplinares por tais comportamentos segregacionistas.