Triste cenário na Praça Marquês de Pombal, fim de festa abrupto e embaraçoso para o mundo benfiquista: após a 1:20 da manhã, os festejos do título de bicampeão nacional foram irreversivelmente interrompidos devido aos desacatos ocorridos entre a massa adepta encarnada, tumultos que obrigaram a uma intervenção musculada das forças policiais.

Os agentes da autoridade irromperam pela multidão, perseguindo os meliantes e procedendo a várias detenções. A carga policial terminou com as celebrações, obrigando a multidão a dispersar-se e a fugir dos focos de tensão vivida no Marquês de Pombal. Vários feridos foram reconhecidos por uma fonte oficial da Polícia de Segurança Pública.

Em cinco minutos, metade da rotunda da Praça Marquês de Pombal esvaziou-se, fruto da enérgica acção das autoridades - a equipa do Benfica, impávida e surpreendida com o sucedido, viu a debandada dos seus adeptos. Luisão, capitão dos encarnados, gritou palavras de paz e auto-consciencialização: «O Benfica não é isto. O Benfica não é briga. Trabalhámos o ano todo para termos uma festa digna», exclamou.

À 1:35 horas, a equipa do Benfica abandonou precocemente o local perante um cenário de batalha campal em várias zonas da Praça Marquês de Pombal. A festa de celebração tornou-se, devido à irracionalidade dos adeptos, numa triste noite que rapidamente descambou num ambiente de violência humilhante. As comemorações previam-se longas mas a festa foi curta - para embaraço do universo encarnado.