Vinte anos passaram desde a última vitória na Taça de Itália, mas, ontem, a Juventus fez questão de colocar um fim a esse jejum, batendo, no Olímpico de Roma, a Lazio por 2-1, numa partida que apenas foi decidida no prolongamento. Os festejos na Taça não ocorriam desde a época 1994/1995, quando os transalpinos bateram o Parma, na final a duas mãos, por esclarecedores 3-0.

Vinte anos depois, Juventus celebra a «Coppa»

Se em 1994/1995, foram os golos de Sergio Porrini (marcou na primeira mão e na segunda) e Fabrizio Ravanelli que decidiram a conquista da Taça, vinte anos volvidos, foram os tentos de outros dois italianos, Giorgio Chiellini e Alessandro Matri, que permitiram aos «bianconeri» levantar o troféu que completa a dobradinha da Juventus - o clube de Turim já havia conquistado a Serie A uma semana antes.

No Olímpico, casa da AS Roma e da própria Lazio, foi mesmo a formação «biancocelesti» a marcar primeiro, naquele que parecia ser o passo inicial contra o favoritismo da equipa de Massimiliano Allegri. O defesa central romeno Stefan Radu inaugurou o marcador logo aos 4 minutos, mas, sete minutos volvidos, outro defesa central brilhou: Chiellini, na sequência de uma bola bombeada para a área, empatou a partida.

A Juventus chegou a ver um golo ser-lhe anulado (decisão dúbida da equipa de arbitragem) e apenas viria a resolver a final prolongamento adentro: Alessandro Matri, aos 97 minutos, rematou para o fundo das redes do albanês Etrit Berisha. Matri, que entrara aos 84 minutos para tomar o lugar de Fernando Llorente, revelou-se extremamente eficaz e matou as esperanças da Lazio em conquistar a sua sétima Taça da História (a última data da temporada de 2012/2013).

Juventus de Lippi: a temporada da última dobradinha foi em 1994/1995

A temporada de 1994/1995 foi precisamente a última em que a Juventus havia festejado a chamada «dobradinha»: Liga e Taça juntas no pecúlio durante a mesma época. Com Marcello Lippi no comando dos transalpinos, a formação, que contava com Peruzzi na baliza, Ferrara e Kohler na defesa, meio-campo de luxo com Paulo Sousa, Deschamps e Conte, e no ataque Roberto Baggio, Ravanelli e um jovem Del Piero, celebrou os dois títulos e inscreveu o nome da História nacional.