Os destaques e revelações da Liga NOS

Terminada a Liga NOS é tempo de lançar os balanços, recordando o que de bom sucedeu na prova em termos desportivos com bons momentos de futebol proporcionados pelos destaques e revelações da competição entre os vários emblemas que fizeram da parte da disputa. Vários deram-se inclusivamente a conhecer ao plano internacional e a uma perspectiva de Selecção Nacional. Ei-los:

Jonas (SL Benfica) - Mais do que os 20 golos apontados na Liga NOS (21, não tivesse existido a infeliz decisão do árbitro assistente na última jornada frente ao Marítimo), ficaram na retina do público os rasgos de génio do que é indiscutivelmente um grande jogador e um acréscimo de valor ao nosso Campeonato - um reforço de luxo na Luz.

Nico Gaitán (SL Benfica) - Impossível imaginar o futebol do Benfica sem a magia, criatividade, lances de génio e tentativas acrobáticas do argentino sem que perca de imediato uma boa percentagem da sua qualidade. Com Nico em campo o título nacional dos encarnados ficou mais facilitado. Uma vez mais o criativo argentino sustenta que a sua saída, a confirmar-se, será difícil de colmatar e provavelmente obrigará os bicampeões nacionais a recorrer ao mercado sul-americano, onde possui vários jogadores referenciados, para manter semelhantes os padrões de qualidade.

Pizzi (SL Benfica) - Um exemplo de desenvolvimento sustentado com o tempo, tendo dado início à temporada na sombra como suplente de Enzo Perez para depois sair do anonimato com a saída do argentino, assegurando o estatuto de indiscutível nas opções de Jorge Jesus e chamado até a atenção de Fernando Santos para a Selecção Nacional ao ter regressado à equipa das Quinas no particular disputado frente a Cabo Verde.

Anderson Talisca (SL Benfica) - O golo apontado ao Mónaco que permitiu vencer o conjunto francês na Liga dos Campeões terá sido o ponto alto da sua temporada, tendo na altura reforçado um estatuto de herói que muito embora tenha decaído face à menor produção para o criativo brasileiro não deixa de registar um grande contributo da sua parte para o título nacional do Benfica face aos muitos e decisivos golos que apontou na fase inicial da época.

Nani (Sporting CP) - Foi, como se esperava no início da época por altura da confirmação do seu empréstimo por uma temporada, a grande figura do Sporting sob todos os aspectos, inclusivamente o da liderança, e isso foi por demais evidente nos momentos em que os leões soçobraram pois em grande parte estes tiveram lugar quando Marco Silva não pôde contar com os seus préstimos devido a lesão ou castigo.

Cédric Soares (Sporting CP) - Apesar da pressão de Miguel Lopes na segunda metade da época, nem por isso deixou de realizar uma temporada bem conseguida que o valorizou, não só pelo estatuto de habitual titular desde o início da época como pela oportunidade que teve de alinhar na Liga dos Campeões que reforçou as suas qualidades como lateral direito, cobiçadas em outras paragens.

Adrien Silva (Sporting CP) - O grande golo que apontou na primeira fase da época ao Gil Vicente representa por si só a qualidade do médio que pela sua garra e dinâmica conquistou tudo e todos em Alvalade, onde determina ritmos, remata com facilidade e converte grandes penalidades com a categoria de um verdadeiro especialista.

Jackson Martínez (FC Porto) - A confirmar-se a sua saída no final da época, fará tanta ou ainda mais falta do que Danilo ainda que no plantel ainda exista uma boa promessa chamada Vincent Aboubakar. Trata-se, sem lugar a exageros, do ‘abono de família’ do FC Porto e principal goleador dos dragões em todas as competições, com destaque para a Liga NOS, da qual se poderá despedir novamente como melhor marcador com 21 tentos apontados.

Cristian Tello (FC Porto) - Foi figura de destaque no melhor momento dos dragões nesta Liga com exibições de alto nível em especial frente a Rio Ave e Sporting e é inegável que a partir do momento da sua lesão a manobra ofensiva não mais foi a mesma apesar de o seu lugar ter sido ocupado por nomes de insuspeita qualidade. Fez muita falta a Lopetegui.

Pedro Nuno (Académica) - Está aqui o projecto de grande jogador a formar em Coimbra. Com passagem pelo Benfica na sua formação e pretendido pelo Atlético de Madrid enquanto júnior, este médio ofensivo deu-se a conhecer na Taça da Liga e ganhou espaço na parte final da temporada, marcando um grande golo na última jornada da Liga. Será um dos valores a ter em atenção na próxima época.

Tozé (Estoril-Praia) - Não se estivesse em Portugal, onde a falta de fair-play e desportivismo ainda imperam, e não tivesse marcado aquele que tento que obrigou o FC Porto, clube com o qual tem contrato, a empatar no Estoril, onde se encontra emprestado por duas épocas, e provavelmente estaria aqui uma das novidades do plantel dos dragões na próxima época, quem sabe como substituto natural de Oliver Torres no grupo pela boa temporada que realizou na Amoreira.

Pedro Tiba (SC Braga) - Foi durante toda a época o principal responsável pela qualidade da transição ofensiva dos Guerreiros do Minho e muito também se deve à sua acção a qualificação da equipa para a final da Taça de Portugal e o expectável quarto lugar na Liga que permite à equipa redimir-se da má campanha nesta última edição da Liga Europa. Jogador para outros voos e uma das unidades fundamentais no Minho.

Ukra (Rio Ave FC) - Apesar de os vila-condenses terem efectuado uma época muito tranquila, o extremo português foi provavelmente o único a manter e até elevar o nível em relação à muito surpreendente temporada no ano anterior, coroada com duas finais e um inédito apuramento para a Liga Europa. Um dos bons valores do nosso Campeonato.