O favoritismo do Arsenal existia e a exibição dos «gunners» foi, de facto, uma transparência desse mesmo favoritismo - a equipa londrina partia para a final da FA Cup com grandes probabilidades de erguer o troféu, frente a um adversário que não dispunha, quer da reputação quer dos talentos individuais ao dispôr de Arsène Wenger.

O Aston Villa, treinado por Tim Sherwood, não foi capaz de acompanhar a cadência do Arsenal, falhando assim quebrar uma malapata que perdura desde a época 1956/1957, última temporada em que o clube da cidade de Birmingham ergueu o troféu mais antigo do mundo. Quatro golos do Arsenal traduziram, no Estádio de Wembley, o superior poderio de Alexis Sánchez, Mesut Ozil e companhia, enquanto o nulo dos «villans» expressou apenas a incapacidade de responder ao eficiente jogo londrino.

O marcador sofreu a primeira alteração aos 41 minutos, cortesia do supersónico Theo Walcott. Aos 50, dando vazão à superioridade dos londrinos, Alexis Sánchez aumentou para 2-0, num remate espectacular que simplesmente fuzilou Shay Given, «keeper» dos «villans». O goleador improvável Mertesacker fez o 3-0 aos 62 minutos e o ponta-de-lança francês Giroud (entrado aos 77 minutos) completou a goleada, em cima do minuto 90.

O Arsenal ergueu, num tarde salpicada pelo sol, a décima segunda FA Cup da sua História, a sexta vencida na era do treinador francês Arsène Wenger, no clube desde 1996. Depois de vencer o troféu na temporada passada, o Arsenal voltou hoje a comemorar o sucesso na prova, assim mitigando o vazio deixado pelos insucessos vividos na Premier League ao longo da última década - o clube não vence a liga inglesa desde a época 2003/2004.