Um dos maiores craques do novo milénio e um dos jogadores mais virtuosos e fantásticos de sempre, Ronaldinho Gaúcho, assinou no passado Domingo um vínculo com o Fluminense, regressando ao Brasil depois de 29 partidas em 2014/2015 ao serviço do Querétaro. Aos 35 anos, o médio fantasioso irá vestir a camisola 10 do clube tricolor, seguindo as pisadas de astros «canarinhos» como Romário e Deco, que reforçaram o clube na sua final de suas carreiras.

R10 volta ao Brasil: Flu depois de Fla, Atlético Mineiro e Grémio

Ronaldinho Gaúcho, que vestirá a quarta camisola diferente no seu país natal, depois de Grémio, Flamengo e Atlético Mineiro, fora já oficializado como reforço do Fluminense durante a semana passada, firmando a nova ligação no Domingo e confessando a ansiedade de regressar aos relvados brasileiros. «É uma emoção grande voltar a um grande clube. Estou motivado para fazer o meu melhor. A vontade de pegar a chuteira e entrar em campo, a perna está tremendo com vontade de jogar», declarou aquando da assinatura do contrato.

Ronaldinho no Fluminense (Foto: Rodrigo Calvozzo/Goal Point)

O jogador, que foi condecorado com o prémio de melhor jogador do mundo nos anos de 2004 e 2005 nos seus tempos áureos do Barcelona, irá agora ser vedeta da turma tricolor, ao lado do internacional Fred e de valores jovens como Gerson ou Marcos Júnior - «Chego muito feliz, com a expectativa de fazer história dentro desse clube, o projeto é esse. Agora é trabalhar duro para poder fazer isso. Quero me preparar bem para jogar o máximo de jogos possíveis», afirmou.

Da montra do Grémio para a moda de Paris e a ribalta de Barcelona

Ronaldinho Gaúcho impressionou a Europa no virar do milénio, após marcar 64 golos em 97 jogos pelo Grémio entre 1999 e 2000. A época do ano 2000 deixou o velho continente boquiaberto (41 golos em 49 jogos) e a técnica mágica do jovem médio de ataque fez com que o PSG o resgatasse; nos parisienses apenas durou duas temporadas, já que o talento inato que espalhava pelos relvados gauleses não deixou o Barcelona indiferente - em 2003/2004 ingressou na turma catalã, tornando-se, naturalmente, num ícone de uma das mais vistosas formações do Barcelona de todos os tempos.

Festa da «Champions» em 2006

Ao lado de Deco, Eto'o, Puyol e Giuly, Ronaldinho Gaúcho ergueu o tão desejado troféu da Liga dos Campeões em 2005/2006, o segundo da História do clube catalão; em cinco temporadas ao serviço dos «blaugrana», o atleta marcou 94 golos e inscreveu o seu nome na memória do clube, viu o astro argentino Messi despontar e é, ainda hoje, recordado como um dos baluartes do novo Barcelona do século XXI, ganhador e dominador. Seguiu-se, entre 2008 e 2010, o AC Milan, numa fase claramente descendente da carreira, mas onde a magia ainda fervilhava através dos pés do craque brasileiro.

Fase descendente, mas sempre com samba nos pés

Seguiu-se depois o Flamengo, naquele que foi o regresso de Ronaldinho ao Brasil, 11 anos depois de ter emigrado. No Fla, 72 jogos e 28 golos depois, Ronaldinho experienciou uma natural quebra no rendimento, ingressando em 2012 no Atlético Mineiro com a desconfiança de vários adeptos e a idolatria de muitos outros. Após um 2014 sem fôlego nem andamento, Ronaldinho Gaúcho viajou para o México, a fim de representar o Querétato. Está agora de volta ao Brasil, um dos craques com mais samba nos pés.

VAVEL Logo
Sobre o autor