Jogo memorável, salpicado de pormenores técnicos deliciosos, astros mundiais e golos em barda - a final da Supertaça europeia, jogada ontem entre duas equipas espanholas, na cidade de Tbilissi, tornou-se num espectáculo memorável que apenas encontrou o clímax poucos instantes antes do apito final do prolongamento. O golo de Pedro, aos 116 minutos, decidiu a final a favor do Barcelona, naquela que poderá ter sido a despedida perfeita para o extremo, que está à beira de abandonar o clube do coração.

Banega agitou cedo, Messi bisou com estilo

Mas puxemos o filme atrás e analisemos a partida desde o seu início: o Sevilha de Unai Emery entrou a matar na partida, marcando logo aos 3 minutos através de um perfeito livre do argentino Ever Banega. Com ter Stegen pregado ao chão, os «nervionenses» festejaram o tento mardrugador e prometia dar luta ao favorito Barcelona, equipa que arrebatou todos os troféus em que participou em 2014/2015. Mas com quem ferros matou, com ferros...foi morrendo: Messi pegou num livre directo e duplicou os danos, marcando por duas vezes e deixando Beto desesperado.

Banega abriu o marcador

Dois golos de antologia fizeram com que os «blaugrana» passassem a controlar a partida, e o terceiro golo fazia anunciar-se, e só mesmo o juiz da partida o atrasou, anulando um golo legal a Luis Suárez. Mas o tal golo prometido surgiu aos 44 minutos, por Rafinha, após passe meticuloso do uruguaio - assistência perfeita para o toque oportuno do brasileiro já dentro da pequena área. A vantagem do Barcelona aumentou aos 52 minutos, com o inevitável Suárez a agradecer o passe de Busquets, que por sua vez agradeceu a falha do adversário.

Sevilha ressuscitou e espantou o Barcelona

Favas contadas? Nada disso - a coração sevilhano bateu mais forte, acreditando até à última gota de suor na remontada. Um cruzamento vindo da esquerda permitiu ao espanhol Jose Antonio Reyes rematar para o 4-2, aos 57 minutos; Kévin Gameiro não desperdiçou a grande penalidade cometida por Mathieu e, aos 72 minutos, lançou a dúvida sobre o resultado final, ameaçando a outrora tranquila liderança «culé». O golpe de teatro, ponto alto da alma «nervionense», chegou aos 81 minutos, com o golo da igualdade, marcando pelo reforço ucraniano Konoplyanka.

Pedro decidiu a taça em tempo de despedida

O jogo entrou no prolongamento e, quando tudo fazia prever a chegada dos fatídicos penalties, Pedro, entrado aos 93 minutos, empurrou para o fundo das redes de Beto a ressaca do livre de Messi. O remate do argentino foi sustido pelo guarda-redes português, mas a recarga do oportuno extremo foi rápida e eficaz. O golo de Pedro pode ter selado a despedida do atleta do clube do coração: o jogador, que já tornou pública a vontade de sair do Barcelona por não se enquadrar nos planos de Luis Enrique, está a dias de ingressar na Premier League.

Pedro decidiu a partida
VAVEL Logo
Sobre o autor