Jogo inicial, estádio repleto de adeptos esperançosos para ver o novo FC Porto versão 2015/2016, com as suas novas estrelas sonantes, Iker Casillas, Maxi Pereira, Giannelli Imbula e companhia. Sob a pressão de um investimento forte, o Porto de Julen Lopetegui entrou com o pé direito na Liga NOS e subjugou o Vitória de Guimarães, evidenciando processos de jogo bem assimilados e talento individual em barda.

Entrada a matar sob o desígnio do novo goleador, Vincent Aboubakar

Julen Lopetegui começou a sua segunda e decisiva época ao serviço do FC Porto da melhor forma. Perante um Estádio do Dragão praticamente cheio, o FC Porto, com uma exibição segura garantiu os primeiros três pontos do campeonato. A entrada dos azuis-e-brancos foi boa mas sobretudo eficaz. Aos oito minutos, na sequência de um cruzamento de Alex Sandro, Vincent Aboubakar ganhou posição e, depois de o seu remate ter desviado em Josué, só parou no fundo da baliza vimaranense de Douglas. Resultado de 1-0 para o FC Porto e, em teoria, caminho aberto para uma exibição mais conseguida perante um adversário que, atravessando um mau momento, corria o risco de arriscar o toque.  

Apesar do cenário postivo, o FC Porto não conseguiu, durante a primeira parte, imprimir no seu jogo a velocidade que qualquer adepto gosta de ver (Herrera falhou muitos passes), mas a verdade é que não precisou dessa rapidez de processos já que o Vitória de Guimarães nunca pareceu ter capacidade para assustar a defesa dos vice-campeões nacionais. A primeira parte decorreu num ritmo lento, controlada pelos dragões, que apenas beneficiava os intentos portistas; na segunda parte ficou a ideia de que competia ao Vitória de Guimarães fazer mais e melhor para discutir o jogo (4 faltas cometidas em 45 minutos diz bem sobre a agressividade, ou falta dela, com que os vimaranenses se apresentaram num campo de um grande).

Aboubakar encheu o campo, Vitória durou apenas 10 minutos

No início da segunda parte, o Vitória de Armando Evangelista fez o que lhe competia e, aos 50 minutos já tinha ganho dois cantos e obrigado, através do médio ofensivo Tozé, Iker Casillas ,a boa defesa. Logo a seguir a esse lance, grande oportunidade para o FC Porto - Cristian Tello aproveitou um erro de Douglas (apenas sacudiu o centro de Varela) e rematou para o corte, em cima da linha de golo, de João Afonso - intercepção vital do central vimaranense. O jogo estava cada vez melhor e o golo poderia cair em qualquer das balizas, situação mais incómoda para o FC Porto, que buscava 'matar' a partida.

Aos 62 minutos, o FC Porto deu a melhor resposta que o momento mais difícil do jogo exigia - na sequência de uma oportuna recuperação de bola e de um grande passe de Maxi Pereira, Aboubakar isolou-se e finalizou de modo potente à saída de Douglas (nota para o festejo de Aboubakar, com o treinador Julen Lopetegui). Estava feito o 2-0 e não voltaria a aparecer em jogo o Vitória de Guimarães dos primeiros 10 minutos da segunda parte. André André e Evandro substituiram Herrera (exibição fraca) e Imbula e, com eles, o FC Porto conseguiu voltar a levar o jogo para o ritmo mais controlado da primeira parte, destruindo qualquer esperança que os minhotos ainda pudessem acalentar para o jogo.

Varela regressa com golo, Aboubakar já tem vícios de goleador

Até final, o FC Porto conseguiu marcar mais um golo por Silvestre Varela (na sequência de bela combinação com Maxi Pereira) e garantir, assim, três pontos preciosos no arranque do Campeonato, mediante uma exibição convincente e um resultado capaz de motivar as hostes portistas. Destaque para a excelente afirmação do internacional camaronês Vincent Aboubakar, que começou da melhor forma a árdua tarefa de substituir o goleador Jackson Martínez, e para a competente exibição de Maxi Pereira, que por duas vezes ofereceu o golo aos companheiros.

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