A jornada três da Liga NOS 2015/2016 terá de ser, do ponto de vista de Benfica e FC Porto, de recuperação e esquecimento - tudo porque a jornada passada foi aziaga tanto para águias como para dragões - se os portistas ficaram à deriva na maldita ilha onde não vencem o Marítimo desde 2012, os benfiquistas foram anulados por um Arouca abnegado que, com o golo de Roberto, se tornou líder do campeonato, com seis pontos. Hoje, na Luz e no Dragão, exige-se um 'reset' que apague as más exibições da ronda transacta e dê aos adeptos a confiança pela qual tanto desesperam.

Benfica de Vitória e Porto de Lopetegui procuram convencer

Isto porque, se o trabalho de Rui Vitória é ainda alvo de um gigantesco ponto de interrogação na mente dos adeptos vermelhos bicampeões, o passado de Julen Lopetegui não abona propriamente a favor do basco - zero títulos e uma crescente sede de vitória entre as hostes azuis, habituadas à regularidade do triunfo. No entanto, as indicações técnico-tácticas dadas neste ainda precoce arranque de época demonstram um Benfica frágil e um FC Porto ansioso por mostrar o estofo que não teve em 2014/2015. Mas se aos candaditos se exige a vitória caseira, aos «outsiders» Moreirense e Estoril pede-se que operem golpes de asa que surpreendam a Luz e o Dragão.

O Estoril abriu o campeonato com uma derrota enganadora diante do Benfica (70 minutos de resistência e futebol de ataque apenas parado pelas mãos de Júlio César) mas ganhou os três pontos na jornada anterior - precisamente contra o Moreirense, adversário do FC Porto. A turma de Moreira de Cónegos ainda não pontuou e saberá, certamente, que a Luz não é o cenário ideal para somar pontos, mas, quem sabe, se o nervosismo encarnado não poderá ser a arma secreta que a equipa de Miguel Leal precisará para adiar o golo caseiro e instabilizar a confiança de uma equipa ainda em busca da sua identidade?

O Benfica foi quem mais saiu ferido dos tropeções dos 'grandes' - a derrota diante do Arouca, num festival de tentativas de golo frustradas e num chorrilho de erros defensivos que permitiram aos arouquenses ter pêlo na venta, foi a síntese de um Benfica impreparado, desconexo e desconfiado de si mesmo. Quando contemplava a liderança, acabou no banco de trás, somando a primeira derrota na Liga logo à segunda jornada (perante Aveiro pintado de vermelho), a segunda em apenas três jogos oficiais. Irá Rui Vitória manter o 4-4-2 ou tomará o rumo do 4-2-3-1? E no Moreirense, irão os reforços Iuri Medeiros e Rafael Martins saltar para o onze?

O FC Porto busca a segunda vitória caseira, depois de regressar da Madeira com as mazelas de uma divisão de pontos que começa a ser regra em terras insulares. Depois de entrar na Liga com uma convincente vitória por 3-0 frente do Vitória de Guimarães (onde Maxi, Varela e Aboubakar deram nas vistas), o Porto foi curto para as exigências da dura Madeira e voltou a suscitar os fantasmas da casual falta de competitividade que assolou a equipa em 2014/2015. Frente ao Estoril, o reino do Dragão não tolerará partidas em falso - nem a Catedral da Luz esperará eternamente por 90 minutos consistentes deste Benfica pós-Jesus.

Cissokho punido por erro no Caldeirão, João Teixeira salta para os convocados

No FC Porto as alterações na lista de convocados são mínimas, com a entrada do espanhol José Ángel para o lugar do relegado Aly Cissokho, que depois de ter sido titular diante do Marítimo, abandona o lote de convocados por Julen Lopetegui devido ao erro cometido no lance do golo caseiro. No Benfica, a grande surpresa prende-se com a entrada do médio João Teixeira na lista dos convocados por Rui Vitória. De salientar é também a saída do extremo Mehdi Carcela, que tarda em afirmar-se na Luz. Jardel, ainda lesionado, voltará a ficar de fora, dando o lugar ao novo companheiro de Luisão, Lisandro.

Onzes prováveis do FC Porto x Estoril (18:30 horas)

Onzes prováveis do Benfica x Moreirense (20:45h)

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