Tentou surpreender Leonardo Jardim, ao deixar no banco Ivan Cavaleiro e apostando em El Shaarawy, mas a fórmula do técnico português não resultou perante a maior capacidade global do rival Paris Saint-Germain, formação dominadora do panorama francês.

A aposta no 4x2x3x1 monegasco, com Danijel Subašić, na baliza, a defesa entregue a Fabinho na direita, Andrea Raggi e Ricardo Carvalho a formarem novamente a dupla na zona central, e o lado esquerdo entregue novamente ao ex-Sporting de Braga, Elderson Echiéjilé, (Layvin Kurzawa saiu para o Paris SG, tendo estado ontem na bancada) com um duplo pivot defensivo formado por Jérémy Toulalan e Adama Traoré, na frente El Shaarawy pela esquerda, Bernardo Silva na direita e Thomas Lemar na zona frontal, sendo o suporte directo de Anthony Martial, (que irá defrontar a 4 de Setembro a Selecção Portuguesa naquela que sera  a sua primeira internacionalização), não surtiu o efeito desejado e nunca o Mónaco foi capaz de controlar o ímpeto parisiense.

Fórmula de Leonardo Jardim não deu resultado

O Mónaco tinha em mente apresentar um onze compacto que obrigasse o Paris SG a jogar um futebol directo, no entanto, a fórmula de Leonardo Jardim não deu o resultado esperado. Laurent Blanc, tinha aos suas principais pedras disponiveis para o jogo e pôde aresentar o melhor PSG da época. O Paris Saint Germain, apresentou-se com Kevin Trapp na baliza, Maxwell, David Luiz, Thiago Silva e Serge Aurier na defesa. No meio-campo pontificou tridente formado por Blaise Matuidi, Thiago Motta e Marco Verratti, na frente o regressado Zlatan Ibrahimovic, Lucas Moura e Edson Cavani.

Cedo se percebeu ao que vinha este Paris SG, que logo assumiu o controlo do jogo, pressionando a equipa de Leonardo Jardim para o seu meio campo defensivo, sem medo de ver o Mónaco explorar o seu forte contra-ataque, dado que David Luiz e Thiago Silva, a jogar em profundidade (com o apoio de Thiago Motta) chegaram sempre em tempo útil para anular as saídas para o ataque da equipa adversária. Por outro lado, muitas vezes Zlatan Ibrahimovic recuou no terreno, com dois objectivos claros: o primeiro de fugir à marcação e o segundo organizar o ataque (apoiando nessa tarefa o esclarecido Marco Verratti, também ele de regresso ao onze) e Blaise Matuidi.

A equipa da capital esteve sempre muito confortável no jogo, e percebendo que o Mónaco defendia bem, optou pela circulação rápida de bola de um flanco para o outro, desgastando ao máximo a equipa monegasca. Sem soluções, Leonardo Jardim pediu a Anthony Martial que recuasse no terreno para pegar no jogo, cabendo a El Shaarawy, assumir a zona central, ficando os flancos entregues a Bernardo Silva. Esta movimentação permitiu um ligeiro equilíbrio no meio-campo à equipa de Leonardo Jardim, que começou a aparecer com mais frequência no reduto adversário, chegando a criar algum perigo.

Segunda parte com golos parisienses e estreia de Di Maria

Na segunda parte, o Mónaco manteve o sistema táctico e até entrou melhor no jogo, criando logo no início duas oportunidades claras de golo. Mas rapidamente a situação mudou, aos 55 minutos: Marco Verrati, recupera uma bola no lado essquerdo do ataque monegasco e já no meio campo contrário, abre o flanco oposto para Maxwell, que serve Zlatan Ibrahimovic. Na zona central e após temporizar, o sueco viu Blaise Matuidi romper pela esquerda nas suas costas; este serviu Edson Cavani que de cabeça inaugurou o marcador.  Sem conseguir contrariar o poderio do Paris SG, Leonardo Jardim lançou aos 65 minutos Guido Carrillo para o lugar do apagado El Shaarawy, substituuição à qual Laurent Blanc respondeu com a saída de Lucas Moura para a entrada do decisivo Di Maria.

Na primeira intervenção, Angel Di Maria serviu um cruzamento largo a Marco Verrati - valeu então a saída destemida de Subašić. No minuto seguinte foi a vez de Edson Cavani não aproveitar o passe de Angel Di Maria com selo de golo. Percebendo a cada vez mais evidente superioridade adversária, Leonardo Jardim lançou no jogo Ivan Cavaleiro para o lugar de Thomas Lemar, que não esteve bem. O Mónaco não conseguia pressionar efectivamente a primeira fase de construção do Paris SG, e foi por aí que surgiu  o segundo golo parisiense.

Três golos no passeio pelo Mónaco

 Zlatan Ibrahimovic, mais uma vez recuou até junto dos centrais para iniciar a fase de construção - desta feita é num entendimento com David Luiz, e partindo do seu meio-campo,  que conduz sem oposição até ao meio-campo monegasco, para depois, num passe a romper, isolar Edson Cavani, que sem problemas fez o segundo golo. Aos 83 minutos surge o terceiro num lance, fotocopia do segundo alterando apenas os protagonistas. Coube a Angel Di Maria servir o compatriota Ezequiel Lavezzi, que tinha acabado de entrar no jogo para o lugar de Zlatan Ibrahimovic

Vitoria tranquila do campeão francês que segue isolado na frente do campeonato, já com uma distância considerável sobre os principais adversários na luta pelo título. À quarta jornada, o Paris SG soma 12 pontos contra 7 do Lyon, 5 do Mónaco e 3 do Marselha, por comparação aos 4 primeiros classificados da época passada. Destaque ainda para a chegada de Rony Lopes para a equipa do Monaco, que esta semana recebeu Fabio Coentrão e de Rolando que acaba de chegar ao Olympique de Marseille treinado pelo Espanhol Michel .