Grande expectativa para esta partida em Old Trafford, que marcava o início de uma nova etapa esta época para os adeptos da turma de Van Gaal.

O regresso dos que não partiram

O jogo de sábado entre Manchester United e Liverpool, as duas equipas mais tituladas de Inglaterra, marcava o regresso de David De Gea à titularidade dos Red Devils, depois de falhada a transferência para o Real Madrid durante o defeso.

De Gea voltou a fazer parte das opções de LVG, depois de ter renovado esta semana. (Fonte: Mirror)

Numa primeira parte frenética, bem ao estilo ao qual a Premier League já nos habituou, a turma de Louis Van Gaal dominou, mas sem conseguir criar oportunidades de golo claras. Ainda assim, o United dispôs de duas boas ocasiões para inaugurar o marcador, nomeadamente através de Fellaini (que alinhou a ponta de lança) e uma outra através de uma bela jogada individual de Memphis Depay. No entanto, até ao intervalo o resultado era de 0-0, apesar de haver um claro ascendente dos homens da casa, face a um Liverpool demasiadamente expectante e a apostar muito no contra-ataque para aproveitar a velocidade de Ings/Firmino e da disponibilidade física de Benteke.

Segundo tempo recheado de golos

Na segunda parte as equipas vieram com uma mentalidade totalmente diferente e com uma eficácia bem distinta daquela que apresentam na primeira metade do jogo. Depay, que à excepção do remate acima mencionado tinha estado muito escondido do jogo, saiu para dar lugar a Ashely Young que veio abanar muito com o jogo, provocando sucessivos desiquilíbrios na linha de fundo, ganhando inclusive a falta que deu origem ao primeiro golo do jogo. Após um bom cruzamento rasteiro de Mata, Daley Blind apareceu sozinho e inaugurou o marcador, com um belo remate à entrada da área.

Com o golo o United relxou um pouco e o Liverpool dispôs de duas oportunidades flagrantes de golo, salvas por Daley Blind em cima da linha. Apesar da forte pressão dos Reds, o Manchester acabou por conseguir alargar a sua vantagem, depois de Ander Herrera cobrar a penalidade que ele próprio sofreu, à passagem do minuto 70.

Quando tudo já parecia estar encaminhado para mais uma vitória tranquila para o United, Benteke apontou um golo magistral de pontapé de biciclete, que devolveu a esperança aos adeptos da cidade dos Beatles. Um pontapé magnífico que figurará entre os melhores golos da época, sem qualquer sombra de dúvida, como poderá verificar abaixo.

Até ao final do jogo , o Liverpool tentou desesperadamente chegar ao empate mas foi Anthony Martial quem brilhou. O jogador contratado ao Monaco, numa transferência avaliada em 80 milhões de Euros, saltou do banco e levantou o Teatro dos Sonhos, com um belo golo que faz os mais pessimistas acreditarem na sua qualidade. Uma estreia de sonho para Martial, num jogo que marcou o regresso de De Gea à titularidade da baliza do United.

Destaques individuais

-Louis Van Gaal: A sua estratégia resultou numa vitória merecida sobre um duro rival. A substituição de Young resultou particularmente bem.

-Daley Blind: Um jogador que muitas vezes passa despercebido em campo e no seu caso é bom sinal. Para além do golo que marcou, tirou dois golos em cima da linha.

-De Gea: Guarda-redes brilhante, seguramente entre o top 3 Mundial. Salvou o 1-1 com uma parada fantástica, um GR que vale pontos

-Benteke: Qualidade inegável do Belga, ao apontar um golo magistral, que estará no top dos melhores golos desta época.