Águias e Dragões apresentaram surpresas nos respectivos onzes: Julen Lopetegui apostou em Jesús Corona na direita, com Imbula e Rúben Neves no meio; Rui Vitória apostou num meio campo mais musculado, com Samaris e André Almeida a exercerem as funções de duplo-pivot defensivo. A restante constituição das equipas não surpreendeu: os da casa jogaram com Iker Casillas na baliza; Layún, Marcano, Maicon e Maxi Pereira; Rúben Neves, Imbula e André André; Corona, Brahimi e Aboubakar. A equipa visitante jogou com Júlio César; Eliseu, Jardel, Luisão e Nélson Semedo; André Almeida, Samaris, Gaitán e Gonçalo Guedes; Jonas e Mitroglou

Benfica dominou a primeira parte, Casillas salvou Porto

A primeira parte começou com ambas as equipas a “medirem-se”: o Benfica mais compacto e a jogar apoiado na saída para o contra-ataque, com o Porto, num esquema semelhante, a apostar mais na troca de bola até às alas para posterior variação de flanco, explorando as costas dos laterais encarnados através da velocidade de Corona e Brahimi

Em termos de oportunidades de golo, através de bola parada, o Benfica colocou o Porto em sentido com dois cantos batidos por Gaitán, sem que Luisão e Mitroglou conseguissem empurrar para o fundo das redes, com Casillas a brilhar entre os postes, negando a vantagem aos encarnados. Na ponta oposta do campo, Marcano esteve perto do golo, mas a jogada acabou por ser invalidada por alegado fora-de-jogo do central espanhol dos azuis e brancos. 

Foi uma primeira parte quente, disputada, com o Benfica a controlar mais o jogo, apesar de não ter tanta bola. Nota ainda para polémica entre Maxi Pereira e Jonas, que acabou com o uruguaio a ver o cartão amarelo, bem como uma saída para o intervalo atribulada, com Maicon a ter uma acção, no mínimo, evitável, já depois do apito de Artur Soares Dias mandar as equipas para o balneário.

Porto entrou mais forte na segunda parte

A segunda parte começou com o Porto a carregar, e Aboubakar, volvidos 5 minutos, atirou a bola ao ferro da baliza defendida por Júlio César, após cruzamento de régua e esquadro de André André. As substituições acentuaram o ascendente portista, com Lopetegui a colocar em campo Varela no lugar de Corona, Pablo Osvaldo rendeu Aboubakar, com Danilo Pereira a entrar para o lugar de Ruben Neves. No Benfica, saiu Jonas, entrando Talisca, Pizzi no lugar de Gonçalo Guedes e Raúl Jímenez no lugar de Samaris, nos momentos finais do encontro. 

O Porto superiorizou-se ao Benfica nos restantes minutos da segundo tempo, num segundo período que mesmo assim teve mais de disputado do que de bem jogado. Nota igualmente para o "aviso" do Porto em relação à baliza do Benfica: André André isola Aboubakar, que após ultrapassar Júlio César, não consegue fazer o 1-0. 

Benfica quebrou, Porto aproveitou

Com manifesta quebra física do Benfica, aos 86’ foi de uma grande manobra ofensiva do Porto, após desatenção do meio-campo defensivo do Benfica, que nasce o golo dos dragões: condução de bola de Brahimi, com toque mágico de Varela que coloca André André na cara de Júlio César, que, sem dar hipóteses de defesa, abre o activo, que se fixou no 1-0. O Porto vence 1-0 um clássico muito disputado, com oportunidades repartidas, tal como a própria corrente de jogo, que no primeiro tempo sorriu ao Benfica, no segundo aos da casa.

O árbitro da partida esteve bem e procurou sempre deixar jogar, como aliás é característica de Artur Soares Dias. Ainda assim, questiona-se a decisão de não admoestar Maicon por lance perigosíssimo sobre Jonas no fim da primeira parte, um segundo amarelo que ficou por mostrar a Maxi Pereira, e ainda uma bola que parece embater no braço de Jardel após remate de Rúben Neves.

Destaque: O médio organizador André André. O médio portista jogou, fez jogar, e acaba por resolver a partida num lance muito agradável à vista, garantindo 3 pontos para os azul-e-brancos que podem embalar a equipa de Julen Lopetegui para a conquista do campeonato.

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