No passado dia 23, perante 23 mil espectadores, o campeão Barcelona visitou os Balaídos e, numa noite de horror catalão e de rejúbilo céltico, foi totalmente esmagado pela formação do Celta de Vigo. Quem diria que o gigante «blaugrana» seria dizimado, ainda mais com contornos de humilhação? A exibição do Celta de Vigo anulou todas as ameaças ofensivas do Barcelona e teve o condão de expôr as debilidades gritantes do sector defensivo «culé».

A equipa treinada por Luis Enrique chegou aos Balaídos como líder da Liga BBVA e de lá saiu na quinta colocação, atrás do rival Real Madrid (venceu o Athletic por 1-2), do Villarreal, do próprio Celta de Vigo (ambos com 13 pontos) e em igualdade pontual com o Atlético Madrid. Fazendo jus ao bom arranque de temporada, o Celta impressionou pela qualidade do seu contra-ataque e pela capacidade de pressionar o Barcelona - Nolito, aos 26 minutos, inaugurou o marcador...com estilo e pompa.

O antigo extremo do Barcelona, que não vingou no Benfica, executou um delicioso chapéu ao germânico Ter-Stegen (novamente batido com estilo, depois do golo de Florenzi, «Champions») e intranquilizou toda a estrutura do Barcelona. Três minutos mais tarde, outro virtuoso da equipa, Iago Aspas, aproveitando um erro clamoroso do central Piqué para calvagar para a baliza e bater o alemão com classe e frieza - auto-estrada catalã, relflexo da má abordagem defensiva do Barcelona.

O método do contra-ataque revelava-se fatal para o Barcelona, e sempre que a desesperada equipa de Luis Enrique subia as linhas para pressionar a estrutura do Celta de Vigo, as saídas de contra-golpe da equipa da casa perfuravam, a toda a velocidade, a ténue linhas recuada do campeão espanhol. Foi assim que o extremo espanhol Iago Aspas voltou a massacrar o gigante catalão: «cabrito» sobre Mascherano após canto a favor do Barcelona, e, depois, corrida supersónica, para cara-a-cara com Ter-Stegen, colocar o esférico junto ao poste - 3-0 aos 56 minutos, num estádio dos Balaídos em euforia.

O Barcelona viria a reduzir a desvantagem, por intermédio de Neymar (aos 80 minutos) mas o andamento céltico não poderia mais ser parado: o Celta de Vigo viria a chegar ao quarto golo aos 83 minutos, tento de autoria do sueco John Guidetti (acabado de entrar na partida). Mais uma vez, clarividentes fragilidades defensivas do Barcelona a condicionarem a exibição da equipa de Luis Enrique. Com esta vitória, o Celta comprova a grande abertura de época, chegando aos 13 pontos na Liga BBVA. Destaque para o bom jogo de Nolito, Iago Aspas e Orellana.